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A partir de quinta-feira (3) passada, uma série de marcas de luxo se juntou ao grupo de empresas que suspenderam as operações na Rússia. A primeira a anunciar a paralisação das operações na Rússia foi a Richemont, dona de algumas das maiores joalherias do mundo como Van Cleef & Arpels, Piaget, Baume et Mercier, Cartier e Montblanc.
Em comunicado oficial, a empresa informou que havia paralisado suas operações na Ucrânia desde o dia 24 de fevereiro e suspendeu suas atividades comerciais na Rússia desde o dia 3.
A fabricante das famosas bolsas Birkin, a francesa Hermès, veio logo em seguida, anunciando o fechamento das lojas e uma pausa em todas as suas atividades a partir de sexta-feira (4).
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A Chanel seguiu o mesmo caminho e informou, no mesmo dia, que “em razão da crescente preocupação sobre a atual situação, o crescimento da incerteza e complexidade de operação, a Chanel decidiu fechar suas lojas temporariamente e paralisar seus negócios da Rússia”. A empresa informou ainda que já havia suspendido seu e-commerce no país, que não faria mais entregas e que fecharia suas butiques.
Essas marcar foram seguidas pela Burberry, pela Kering, dona da Gucci, e pela LVMH, proprietária de 14 etiquetas de moda luxo como Louis Vuitton, Christian Dior, Givenchy e 8 de joias e relógios como Tiffany & Co, Tag Heuer e Bulgari.
O encerramento, mesmo que temporário, das operações no país, segue a mesma linha de companhias como Nike e Apple que já haviam anunciado suspensões de comércio com a Rússia desde a semana passada.
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A resposta das marcas de luxo veio também da pressão feita por consumidores. Na quarta-feira (2), quando a LVMH postou uma mensagem no instagram dizendo que estava “profundamente tocada pela trágica situação na Ucrânia” e anunciando a doação de um milhão de euros para a Unicef, para ajudar famílias das áreas de conflito, recebeu uma enxurrada de reclamações e cobranças como: “Se estão querendo ajudar, por que não fecham as lojas na Rússia?”.
Mercado de luxo na Rússia
Embora seja o berço de oligarcas, a Rússia não é um dos maiores mercados de consumo de produtos de luxo. Nos últimos dias, contudo, isso parecia estar mudando.
Com a desvalorização recorde da moeda russa, muitos dos ricos do país saíram às compras, em pânico, para tentar driblar a queda do rublo e proteger uma parte do patrimônio.
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No curto prazo, isso acabou impulsionando as vendas para as marcas de luxo. Em entrevista à Bloomberg, o CEO da Bulgari, Jean-Christophe Babin, disse que “no curto prazo, provavelmente impulsionou os negócios (…) Quanto tempo vai durar é difícil dizer, porque, de fato, as sanções podem dificultar, se não impossibilitar, a exportação para a Rússia”, comentou.
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