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SÃO PAULO – Desde a morte de Steve Jobs, não foram poucos os que anunciaram que a Apple teria um desempenho negativo. Mas em momento algum, até agora, isso aconteceu – mas agora alguém começou a acreditar no “turning point” para a empresa de tecnologia.
Michael Blair, colunista do Seeking Alpha, afirma que a grande pergunta sobre a Apple não é “o que pode dar errado?” – que seria a mais óbvia a ser feita -, e sim, “o que mais pode dar certo?”. Na visão dele, no momento não é muita coisa.
Embora o iPhone 6 seja um sucesso sem precedentes, batendo vários recordes de vendas, alguns números já apontam para uma vida nada fácil para a Apple nos próximos meses. O fato do iPhone 6 Plus ser um “phlabet” o coloca em um novo mercado, mas prejudica as vendas do iPad – quem tem um, não precisa do outro.
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Além disso, o tablet da Apple sofre com a competição tanto dos Surfaces da Microsoft, tanto quanto de aparelhos com Android. No setor de educação, os Chromebooks estão com um desempenho cada vez melhor, enquanto o Surface Pro 3 está cada vez mais forte no mundo corporativo.
Com isso, a Apple fica cada vez mais dependente do iPhone, um único produto. Tudo bem já que ele é um enorme sucesso, certo? Na visão de Blair, errado. Mais de 80% dos compradores de iPhone 6 já eram clientes da Apple, enquanto no iPhone 5S, o perfil não era tanto de “substituição”.
Os iPhones antigos são passados, revendidos – um mercado cada vez maior -, mas basicamente quem compra um aparelho novo atualmente é um cliente antigo. E o fato do iPhone 6 ser maior, causa um problema para a empresa: pesquisas das empresas de telefonia apontam que esse tipo de aparelho tem ciclos de reposição maiores do que os de tela menor.
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Se esses iPhones tiverem ciclos maiores, a Apple será fortemente impactada por uma queda de demanda nos próximos anos. Ele faz uma conta: se o ciclo passar de quatro para seis trimestres para a troca do celular, a demanda anual cai de 200 milhões de unidades para 160 milhões. Sem nada que compense essa queda, a empresa se enfraquecerá.
Por mais que a empresa tenha lançado um novo aparelho, o Apple Watch, é improvável que ele seja o salvador da lavoura – nenhum smartwatch chegou a fazer sucesso até agora. Nem a Apple TV tem vendido o suficiente para chegar próximo de ajudar a companhia.
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