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O apagão de energia elétrica, registrado nesta terça-feira (15), causou transtornos na vida dos brasileiros e na economia, com a interrupção da atividade fabril.
O grupo Stellantis, fabricante de marcas como Fiat, Jeep e Peugeot, informou que o apagão afetou por aproximadamente 40 minutos a produção da linha de produção de Betim (MG), onde são produzidos modelos da Fiat, e Goiana (PE), que produz carros tanto da Fiat quanto da Jeep.
Após a normalização do fornecimento de energia, informou a montadora, os sistemas de produção foram gradualmente restabelecidos. A empresa informou que ainda não havia calculado as perdas decorrentes da interrupção.
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Registrado por volta das 8h31 (horário de Brasília), o apagão atrapalhou o deslocamento dos brasileiros que estavam a caminho do trabalho e enfrentaram semáforos desligados e a paralisação dos sistemas de transporte sobre trilhos, como o Metrô.
Os Metrôs de Salvador, Belo Horizonte e São Paulo, segundo apuração do InfoMoney, registraram paradas forçadas de linhas, com os passageiros, em alguns casos, sendo obrigados a caminhar a pé ao lado dos trilhos até a estação mais próxima.
Em São Paulo, a ViaQuatro, concessionária responsável pela linha 4 Amarela do Metrô, esclareceu que o transtorno permaneceu entre 8h30 e 9h25 e confirmou que a razão para a redução na velocidade dos vagões foi a “oscilação externa na alimentação de energia elétrica”.
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No Piauí, a empresa Águas de Teresina suspendeu o serviço de abastecimento de água e informou que os canais de antendimento estão indisponíveis até que o fornecimento de energia elétrica seja restabelecido.
Em Pernambuco, o Corpo de Bombeiros do Recife informou que foi acionado para retirar uma mulher presa no elevador do prédio da Superintendência do Trabalho, por volta das 9h30 da manhã.
Em Macapá, capital do Amapá, alunos de escolas públicas foram dispensados por causa da interrupção da energia. Cenas de casas e comércio iluminados por velas, mesmo em plena luz do dia, se repetiram em vários pontos do país.
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O que aconteceu?
Segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), “uma ocorrência na rede de operação do Sistema Interligado Nacional interrompeu [de forma brusca] 16 mil MW de carga em estados do Norte e Nordeste do Brasil”.
Essa ocorrência provocou a separação elétrica das regiões Norte e Nordeste das regiões Sul e Sudeste, com abertura das interligações entre elas. O Sul e o Sudeste também ficaram sem luz, segundo o órgão, devido a uma ação controlada “para evitar a propagação da ocorrência”.
O órgão afirmou que a recomposição está sendo realizada e que as manobras já foram concluídas nas regiões Sul e Sudeste. De acordo com o ONS, 55% da carga foi retomada na região Norte e 81% no Nordeste. Ao todo, 13,5 mil megawatts (MW) foram recompostos diante dos 16 mil MW afetados pelo apagão.
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Não falta água nos reservatórios
As causas do apagão serão apuradas, mas o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) descarta que o problema tenha sido causado por falta de água nos reservatórios.
Segundo o órgão, os reservatórios que abastecem as hidrelétricas do país estão em situação de normalidade, mesmo os localizados no Nordeste (a região mais árida do país).
O Ministério de Minas e Energia, chefiado por Alexandre Silveira, abriu uma sala de situação para coordenar a retomada do fornecimento de energia e apurar as causas do apagão desta terça.
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Em nota, a pasta informou que a equipe do ministério está trabalhando para que a carga seja “plenamente restaurada o mais breve possível”.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
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