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A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou nesta quinta-feira, 17, o edital de leilão da frequência de 700 megahertz (MHz) para a internet móvel de quarta geração (4G). O documento aprovado, no entanto, não incluiu os valores das outorgas nem a data prevista para o leilão, porque as condições para o certame ainda estão sob a análise do Tribunal de Contas da União (TCU).
A expectativa é de que o edital possa ser publicado ainda neste mês, para que o leilão ocorra no começo de setembro. Apesar de ter menos capacidade que o 4G na faixa de 2,5 gigahertz (Ghz) – que foi leiloada em junho de 2012 e já está em operação nas maiores cidades brasileiras -, a frequência de 700 MHz permite maior alcance de sinal a partir das antenas e também possibilita melhor cobertura em ambientes fechados.
O início da operação do 4G na nova frequência, porém, só ocorrerá 12 meses após o desligamento da TV analógica nessa faixa em cada município, ou em todo o território estadual nos casos de São Paulo e Rio de Janeiro.
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O edital mantém a divisão do espectro que vai de 698 MHz a 806 MHz em seis lotes, sendo três deles de abrangência nacional e outros três de abrangências regionais.
Da maneira como o edital está formatado, a faixa de 700 MHz poderá ser ocupada por mais de quatro empresas, abrindo a possibilidade de companhias regionais atuarem no 4G. Na primeira rodada do leilão, serão ofertados três lotes nacionais de 10 MHz + 10 MHz e um quarto lote de 10 MHz + 10 MHz será repartido em três frequências de abrangência regional.
A primeira divisão regional corresponde a quase todo o território brasileiro, com exceção das áreas de concessão de CTBC e Sercomtel, que configuram as duas fatias restantes.
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Numa segunda rodada de leilão, os lotes que eventualmente não forem vendidos no começo do certame serão redivididos em novos lotes com metade da capacidade original (5 MHz + 5 MHz), seguindo a repartição também dos lotes regionais.
O edital inclui a obrigação de que os vencedores do leilão repartam entre si todo o custo de migração da TV analógica que ainda ocupa esse espectro para a faixa de TV Digital, incluindo todas as emissoras entre os canais 1 e 52.
Aproximadamente 400 radiodifusores de 500 municípios terão o direto a receber recursos por meio de uma entidade constituída pelas empresas vencedoras do leilão para adquirirem equipamentos para esse fim. Os valores – que serão conhecidos quando o edital for publicado – serão divididos em quatro parcelas até o fim de janeiro de 2018.
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Também ficará a cargo das companhias vencedoras do leilão distribuírem conversores de TV Digital para todos os beneficiários do programa Bolsa Família que ainda não possuam o aparelho, bem como as peças que serão necessárias para a mitigação de eventuais interferências do sinal de 4G na transmissão de TV. Nesses casos, os consumidores precisarão instalar um filtro no cabo entre a antena e o televisor.
Haverá um limite para os valores dessas obrigações acessórias que as empresas de telecomunicações terão que bancar. Já pelo menos 10% do valor do preço mínimo da outorga deverá ser pago à vista, e o restante em até seis parcelas ao longo de 96 meses. O edital determina que as empresas montem suas redes até 2016 com pelo menos 65% de equipamentos com conteúdo nacional, sendo 15% com tecnologia desenvolvida no País. A partir de 2017, essas exigências sobem para 70% e 20%, respectivamente.
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