3 riscos que você irá correr se comprar um Samsung Galaxy Fold por R$ 13 mil

Se você quer ter o celular mais caro da história do mercado brasileiro, é importante lembrar que aparelhos experimentais são historicamente menos seguros  

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – Por impressionantes R$ 13 mil, o novo Galaxy Fold, primeiro smartphone dobrável da Samsung, chegou finalmente ao Brasil após um atraso de quase um ano. Mas comprá-lo requer coragem de seus usuários – e não apenas no momento de colocar a mão no bolso.

Com base no histórico de lançamentos no mercado de tecnologia, o InfoMoney listou alguns perigos que podem estar acoplados ao lançamento mais aguardado dos últimos anos no mercado de tecnologia. Antes de comprar o aparelho, é interessante pesá-los.

1. Andar com dezenas de milhares de reais no bolso

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Smartphones topo de linha são caros – especialmente no Brasil. Mas o Fold, primeiro dobrável do mercado nacional, supera em R$ 3 mil o preço do iPhone XS Max (R$ 9.999), até então recordista em valor, de 2018 (na linha mais recente, o iPhone 11 Pro tem valor máximo de R$ 9.599).

Quem optar por fazer um seguro para o aparelho também deve gastar uma quantia considerável: as companhias que oferecem essa opção costumam cobrar 8% do valor do aparelho ao ano para segurar smartphones com preço acima de R$ 2.500.

2. Arcar com os reparos

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O preço de um celular tem um embasamento por trás. Se o Galaxy Fold terá um preço alto, é porque provavelmente suas peças e tecnologias internas também são consideravelmente caras. Se uma das duas telas, três câmeras ou duas baterias do aparelho quebrar, isso com certeza vai pesar no bolso do usuário.

Estima-se que a troca da tela, por exemplo, pode sair por 20% do valor do aparelho – nesse caso, R$ 2.600.

3. Servir de cobaia

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A primeira vez em que a Apple resolveu fazer um celular fino de tela grande marcou um episódio conhecido como BendGate, quando os celulares entortavam facilmente dentro dos bolsos de seus usuários. Uma tecnologia diferente nas baterias causou uma série de explosões de aparelhos Galaxy Note 7 em 2016.

O próprio Galaxy Fold chegou às mãos dos primeiros usuários, jornalistas de tecnologia especializados e influencers digitais, com defeito: a tela dobrável chegou a descolar do corpo do aparelho em alguns casos.

Mesmo depois dos reparos realizados ao longo de 2019, é inevitável dizer que aparelhos com componentes inéditos historicamente têm mais riscos de apresentar problemas inesperados – justamente porque não há como testar algo em grande escala antes de colocar nas mãos de usuários ao redor do mundo. Não é necessário dizer que praticamente tudo no Galaxy Fold é novo – o que significa riscos muito maiores de problemas técnicos não antecipados, mesmo após esse atraso no lançamento.

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney