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Você quebrou o pé jogando futebol? Teve que engessar mas está com a viagem marcada e as passagens emitidas? A viagem, a negócios ou em férias, já estava programada e não pode ser cancelada? Aí, você descobre que, no aeroporto em que vai chegar, há cadeiras de rodas robotizadas. Melhor: que elas podem ser controladas pelo seu celular! A tecnologia, ainda inexistente nos aeroportos de todo o mundo, está em teste no aeroporto internacional de Haneda, em Tóquio.
Cadeiras robô em teste no aeroporto internacional de Haneda, Tóquio
Se a notícia já é boa para quem quebrou o pé, imagine para pessoas idosas, que caminham com dificuldades ou para quem tem problemas de mobilidade. A cadeira, elétrica, tem autonomia para 25 quilômetros e está sendo desenvolvida pela Panasonic em parceria com a Whill Inc., empresa especializada em equipamentos para pessoas com mobilidade reduzida. Em conjunto com outras iniciativas para modernizar a infra estrutura, esta deve ser uma das novidades que o país oferecerá durante as Olimpíadas de 2020, no Japão. O melhor de tudo, segundo a Panasonic, é que a cadeira deverá ir ao encontro da pessoa. Por meio de um aplicativo para smartphones, o usuário informará seu destino(se está no embarque, no desembarque, etc). A cadeira, então, identificará automaticamente a pessoa, traçando a melhor rota para alcança-la e o melhor trajeto para o local de destino.
Segundo a Whill, também será possível alcançar banheiros ou se dirigir para restaurantes dentro do aeroporto. Sensores detectam possíveis obstáculos, pontos instransponíveis ou até mesmo obras durante o percurso, e reorientam a cadeira automaticamente. Tecnologia de última geração de reconhecimento de imagens auxiliam na rota preestabelecida. Além disso, se a família for numerosa ou houver duas ou mais pessoas com problemas de mobilidade, as cadeiras poderão atuar em conjunto. Carrinhos também automatizados poderão levar a bagagem seguindo as cadeiras por meio de sensores que “conversam” entre si, afirmam executivos da Panasonic. Os testes , que tiveram início no dia 07 de agosto, devem prosseguir até março do ano que vem. Segundo as duas empresas, se os testes forem bem sucedidos, os equipamentos serão instalados inicialmente no aeroporto de Haneda e Narita
Protótipo sendo desenvolvido em parceria Whill/Panasonic
Em seguida deverão ser espalhados por toda a capital japonesa, sempre em pontos de grande circulação, como shoppings centers, estações de trem, etc. Especialmente desenhadas para circular em áreas por onde trafegam muitas pessoas, as cadeiras atingem o máximo de nove quilômetros por hora. Após serem utilizadas, as cadeiras deverão retornar automaticamente para seus postos iniciais ou atender outro passageiro. Outro ponto positivo será a liberação de funcionários dos aeroportos e das companhias aéreas que, atualmente, prestam serviço para pessoas com dificuldades de locomoção. A legislação internacional de aviação obriga companhias aéreas e aeroportos a prestar tal serviço. Segundo os executivos da Whill e da Panasonic, o programa faz parte de um projeto maior que é integrar cada vez mais robôs ao dia a dia das pessoas.
Pessoas com mobilidade reduzida não serao as únicas beneficiadas
No futuro há projetos para utilizar os robôs em diversas outras áreas, como por exemplo, para fornecer informações aos passageiros, transportar outros tipos de equipamentos e até mesmo na limpeza. O aeroporto de Haneda foi escolhido para os testes porque é um dos maiores do mundo atendendo cerca de 90 milhões de passageiros por ano. As duas empresas não divulgaram o investimento nesta tecnologia inovadora, mas garantem que a parceria deverá auxiliar milhões de pessoas com dificuldades de locomoção em todo o mundo. Não há informações, ainda segundo a Panasonic, sobre os projetos de expansão de tal tecnologia para a América do Sul. Outros testes e produtos estão sendo desenvolvidos pela Panasonic com vista aos jogos Olímpicos de 2020. Uma tecnologia de localização deverá fornecer informações precisas sobre onde o passageiro está dentro do aeroporto. Mesmo sem baixar nenhum aplicativo, bastará apontar a câmera do celular para uma área específica e a tecnologia identificará o local. Segundo as duas empresas, esta é a tendência mundial: o futuro na palma da mão.
Fotos: divulgação Whill/Panasonic