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Hoje falo sobre um segmento que ainda não é aplicado efetivamente no Brasil, mas que já vem sendo discutido pelo mercado há um bom tempo: o microsseguro. Mas o que seria isso exatamente e por que ainda não o temos por aqui?
Conceitualmente, o microsseguro é um produto que existe para minimizar impactos sociais. Ou seja, é um segmento do seguro com produtos de preço médio muito baixo, com coberturas básicas e indenizações limitadas, voltado para um público de baixa renda que necessita de coberturas específicas e que, no caso de um sinistro, geram uma carga financeira para o Estado e consequentemente para a sociedade como um todo.
O tema é tratado formalmente desde 2008, quando foi designada a Comissão Consultiva de Microsseguros, com composição paritária de representantes do governo e do mercado segurador. E desde 2011, inúmeros documentos – entre circulares e resoluções – já foram publicados a respeito.
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Basicamente, o que podemos dizer é que há perspectivas concretas para que os produtos sejam lançados em breve, mas alguns passos ainda são necessários. Um deles é amadurecer os conceitos que serão aplicados no Brasil, em comparação com o que o mercado já pratica no exterior.
Por exemplo, é preciso marcar bem a diferença entre o microsseguro e o seguro popular. Este último é, somente e tão somente, um produto com um custo menor (e indenizações menores, claro) pela limitação de coberturas e acessórios, mas direcionado a qualquer público.
Já o microsseguro, por suas características, é direcionado à população menos favorecida economicamente. Só para se ter uma ideia de como esse é um segmento relevante para as pessoas e para o próprio mercado, especialistas apontam para um público potencial de cerca de 100 milhões de adultos que podem ser atendidos no Brasil. Ou seja, muita gente que necessita de assistência e um enorme mercado a desenvolver.
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Até a próxima semana.