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Hoje vamos falar apenas sobre carros. Na verdade, sobre as peças que são colocadas no seu carro quando você sofre um acidente e aciona sua seguradora. Quando isso acontece, você sabe que peças são essas, as usadas nos consertos dos carros? E quem garante a qualidade delas? Pois saiba que, por determinação legal, seu carro receberá tão somente peças originais e novas.
Mas como é que o segurado pode ter certeza de que o conserto do seu carro foi feito, realmente, como direciona a regulamentação? Quem garante a qualidade desses serviços é a própria seguradora, por meio de inúmeros sistemas que cruzam informações das oficinas, desde que os orçamentos são finalizados, e sua equipe de peritos que vistoria os serviços realizados.
Além disso, se seu carro for um pouquinho mais antigo e precisar de uma peça que já não é mais fabricada e certificada pela montadora, por desdobramento da mesma determinação legal, teremos uma perda total. E todo esse processo se reflete no preço e encarece o seu seguro. Mas a solução pode estar próxima.
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No dia 20 de maio de 2014, a presidência da República sancionou a Lei 12.977, que regula e disciplina a atividade de desmontagem de veículos. Conhecida como ‘Lei do Desmanche’. Em São Paulo a lei já foi posta em vigor, porém nos outros estados isso ocorrerá em 2015, o que permitirá que os ‘ferros velhos’ tenham suas operações certificadas e viabilizará o controle de origem das peças que chegam a esses desmanches.
Essa lei provoca o surgimento de um círculo extremamente virtuoso. Para ser um Desmanche Legal, todas as peças que chegarem a ele deverão ter procedência legal e rastreada. Ou seja, a nova lei ajudará a combater roubos e furtos de automóveis ao diminuir o número de receptadores.
Em países vizinhos como a Argentina o mesmo molde de legislação fez cair 50% os roubos e furtos de veículos.Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, por exemplo, os furtos de carros cresceram 3,4% se compararmos o período de Janeiro a Agosto de 2013 com o mesmo período desse ano . E utilizando os mesmos meses na comparação do ano passado com 2014, o roubo teve um aumento de 2,8%.
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Ao ter peças usadas com procedência legal e origem rastreada, as seguradoras poderão autorizar sua utilização nos consertos dos carros de seus clientes. E é claro que, além da origem, a qualidade dessas peças também serão garantidas e verificadas pelos técnicos das oficinas e da própria seguradora. Com o uso dessas peças, usadas e recondicionadas, o custo dos serviços cairá e se refletirá nos preços das apólices.
Por fim, ao regulamentar todas essas atividades, a nova lei é um ponto de força para o combate a um problema social e colabora para o consumidor final no que diz respeito ao valor do seguro.
Até semana que vem!