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Caros leitores, digníssimas leitoras: estamos chegando nos minutos finais de 2020, esse ano que parece nunca acabar…
Mas estamos quase entrando em 2021 e já podemos fazer um prognóstico de quem se saiu bem (ou “menos pior”) neste ano extremamente atípico.
Como temos mais três semanas até o final do ano, faremos três posts destacando os três principais pontos deste fatídico ano de 2020.
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Então, como diria Jack, o estripador: vamos por partes!
Um dos grandes destaques do ano foi a venda de carros de luxo. Já abordamos esse tema quando dissemos que no mercado de luxo a palavra “crise” não existe!
Mas, dentro do adorável mundo de Caras, a marca que mais se destacou foi a Volvo.
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Sim, poderíamos falar das outras marcas como a RAM, que explodirá em vendas por causa dos “agroboys”. Mas o foco aqui é trabalharmos com marcas que possuem um certo volume. E, neste caso, o destaque ficou para a Volvo.
A Volvo é a 17º marca que mais vende carros no país, ou a 15ª, se trabalharmos apenas com automóveis (excluindo, por exemplo, os furgões – como a Fiorino).
E qual o motivo de escolhermos justo ela?
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O que notamos é que a Volvo está caminhando para o futuro e, apesar dos pesares (afinal de contas, estamos no Brasil), a marca vem conquistando excelentes resultados.
A estratégia da montadora é a eletrificação por completa de todos os seus veículos até 2030. Como recentemente disse Hakan Samuelsson, o viking lá da Suécia (também conhecido como o CEO da Volvo): “Depois de perceber que motores a gasolina e diesel não fazem parte do futuro, é fácil perceber que você precisa entrar rapidamente no novo mundo”.
Já aqui, em terras tupiniquins, a marca tem a audaciosa meta de só comercializar carros híbridos e elétricos já em 2021. E acho não será nada difícil que a marca atinja essa marca.
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Curioso que somos, fomos atrás do resultado das vendas da Volvo por tipo de combustão. Se em janeiro deste ano só 17% dos carros vendidos pela marca eram eletrificados, os resultados dos meses de novembro e dezembro já mostram um conceito de 50-50 entre veículos a combustão e eletrificados:
Mas, diferentemente das outras marcas (em geral as de luxo), que também apostam na eletrificação, a Volvo decidiu ir além. Segundo João Oliveira, diretor geral de operações e inovação da Volvo Car Brasil:
“A Volvo passou os últimos anos se transformando internamente. Queremos ser referência em eletrificação e reinventar os padrões da indústria. Estamos comemorando um momento único para a história da Volvo no Brasil. E, pela primeira vez, assumimos a segunda colocação do mercado Premium. São motivos de grande comemoração e só reforçam que estamos no caminho certo, que os carros híbridos e elétricos não são um futuro distante, mas já estão presentes no dia a dia das pessoas.
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Para este ano, queremos consolidar a vice-liderança e continuar com nosso objetivo de liderar a eletrificação no Brasil. Para o ano de 2021, as perspectivas são super positivas. Iremos alcançar 100% do portfólio eletrificado e lançar o nosso primeiro veículo 100% elétrico, o XC40, no meio do ano. E ainda teremos uma outra novidade, um carro totalmente novo que deve chegar até o fim do ano. Nossa perspectiva para 2021 é manter o crescimento sustentável no país e ultrapassar o volume de vendas de 2019, fazendo de 2021 o melhor ano da história da marca no Brasil.”
Porém, a grande sacada da Volvo foi resolver o “crássico” dilema de Tostines: “Compro um carro elétrico, pois tenho onde carregar? Ou eu tenho onde carregar e por isso vou comprar um carro elétrico?”
Ainda segundo o executivo da Volvo, tirando o “blá, blá, blá”: “…pensando na praticidade para os clientes, já temos centenas de eletropostos em funcionamento e fecharemos o ano de 2020 com 700 eletropostos instalados em várias localidades do Brasil, sempre em pontos de movimento e de interesse das pessoas…”
A vantagem dessa iniciativa é que a Volvo decidiu fazer uma parceria com a Waze para que o app indique onde ficam todos os eletropostos “by Volvo”.
Ou seja, no meio do caos automotivo neste ano, a Volvo adotou uma estratégia de eletrificação dos seus carros e poderá ser a única marca (de volume) que registrará crescimento nas vendas neste ano.
O resultado de vendas da marca até o dia 13 de dezembro foi de 7.234 veículos. No mesmo período do ano passado, a marca vendeu 7.288 carros. A diferença deste ano para o ano passado foi de apenas 54 carros.
Isso quer dizer que, se rolar um pouquinho de boa vontade dos cablocos lá da Volvo, eles podem encerrar o fatídico ano de 2020 como a única marca (de volume) que registrou crescimento nas vendas.
E, para coroar o desempenho da marca, no mês passado a empresa conseguiu emplacar um HAT-TRICK! Os três SUVs da marca fecharam o mês de novembro como os carros mais vendidos dentro dos seus sub-segmentos. Ou seja, os XC40, XC60 e XC90 deram um couro no trio ABM (Audi-BMW-Mercedes).
Outro ponto interessante da marca é que, assim como o estagiário aqui, eles são meio descompensados das ideias…
Enquanto conversávamos com eles para entender melhor o que a marca vem fazendo, eles tiveram a ideia de “jênio” de emprestar um XC60 para o estagiário!
É mais ou menos como você dar uma metralhadora para um macaco. Com certeza vai dar ruim no final…
Nossa epopeia
No primeiro momento que o estagiário pegou o carro, ele se sentiu dentro do universo de Caras. Aí, é lógico que a primeira coisa que ele fez foi desfilar com o carro na região dos Jardins, Faria Lima e afins (nas quebradas onde ele mora não é recomendável).
A primeira parada que fizemos foi em uma concessionária Volvo, para verificar o sistema de carregamento – e aqui já começou o sufoco!
Ao colocarmos o carro para carregar… não conseguimos. O cabo que veio junto no carro emprestado estava com defeito! E aí, fizemos como qualquer ser humano faria. Começamos a praguejar e falar mal da marca. Algo como: “Pronto! O cara faz uma curta estadia lá na Citroen e já começa a presepada…”.
Nesse ínterim, o pessoal da concessionária veio nos socorrer com o cabo deles, e é lógico que continuamos a reclamação do descaso da marca com o cliente (como se o estagiário tivesse condições de ser um deles…).
Enquanto o carro era carregado, aproveitamos para viver o mundo de Caras passeando pela região dos Jardins e depois fomos embora.
Nossa grande supressa foi quando o diretor da concessionária nos ligou mais tarde para pedir desculpas pelo ocorrido (como se tivesse sido culpa dele) e se ofereceu para nos dar um carregador novo. Além de aceitarmos, ele teve a coragem de entregar o carregador lá nas quebradas onde morarmos.
Neste ponto, nota 10 para o pós-atendimento da marca.
(Então, aproveitando o espaço, estou me desapegando um conector original da Volvo nunca usado. Quem quiser, é só chamar no privado.)
Voltando…. outra coisa que fizemos com o XC60 foi usá-lo como um SUV. O que é um SUV? É um Sport Utility Vehicle – numa tradução livre, é um carro utilitário esportivo.
Então o usamos como tal. A primeira coisa que fizemos foi colocar o carro no mato. Mas não apenas isso: o estagiário abaixou os bancos traseiros do carro, transformando-o quase numa picape coberta, e colocou as mountain bikes da galera nele (só o estagiário para usar um carro de R$ 300 mil para carregar bicicletas).
O interessante da Volvo são os modos de direção. No caso, usamos muito o modo “off-road” do carro. Ele tem a capacidade de maximizar a tração do veículo, já que ele possui tração nas quatro rodas – mas essa tração é sobre demanda.
Normalmente, ela fica na dianteira e quando você precisar, ela joga na traseira. O modo “off-road” condiciona o carro a não escapar de traseira (e não escapa – pode acreditar, usamos muito).
Como ficamos uma semana com o carro, aproveitamos para rodar em toda a região do Circuito das Águas em São Paulo. A grata supressa foi que rodamos quase 1,3 mil km com um tanque de combustível. E uma parte significativa foi em estradas rurais.
Outro ponto positivo de ter um carro eletrificado é que – em geral – você consegue carregar o veículo nos mais diversos pontos, “de grátis” e, quase sempre, nas melhores vagas de estacionamento. E no caso de São Paulo, você ainda é isento do rodízio municipal.
A conclusão para o estagiário é que o carro foi usado de forma errada. Sim… foi um “adianto” colocar as bikes e ir para o Circuito das Águas em São Paulo ficar andando de mountain bike.
Mas, no fim das contas, ele deveria ter colocado o carro para ser Uber Black e ganhar um adicional para passar o ano-novo mais confortavelmente em Mongaguá.
A meta do estagiário neste final de ano é comprar um veículo eletrificado. Vou aproveitar o bônus que o pessoal do InfoMoney vai me dar (#sqn) e dar de entrada numa bike elétrica…. usada!
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