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O setor automotivo vem sofrendo desde 2012, quando tivemos o seu último excelente ano (foi quando a “marolinha” chegou na praia).
Desde de então, as vendas de carros vem registrando, ano após ano, quedas na comercialização de veículos. Tivemos quatro anos consecutivos de quedas, e foi uma turbulência sem fim…
Mas o que aconteceu foi que vivenciamos um “caos automotivo”.
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Tivemos – no varejo – quase 2 mil concessionárias que fecharam as suas operações; na parte dos sistemistas (autopeças) – também – uma quebradeira generalizada e, por parte das montadoras, fábrica que ainda não apertou o botão de start (Honda); fábrica que veio, “mas não veio” (Chery); além do lugar mais plano da face da terra, que é a fábrica da JAC, lá em Camaçari, em eterna “terraplenagem”.
A palavra chave deste ano – e dos próximos – será cautela!
Mas hoje, podemos pelo menos brindar um “principio” de retomada.
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Após quatro anos de queda, as vendas de carros voltaram a subir!
No glorioso mês de maio, tivemos 190 mil carros comercializados, o que representa um crescimento de quase 25% sobre o mês passado (abril), quando tivemos 152,4 mil veículos vendidos.
Sobre o mesmo período do ano passado (mai/16), onde foram 162,2 mil carros vendidos, o crescimento foi de 17,2%.
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O grande ponto aqui é que o primeiro bimestre foi “inhacado” com média de 137 mil carros/mês. Somente em março, após o carnaval, que o Brasil e o setor começou a funcionar! Nos últimos três meses tivemos uma média de quase 175,5 mil carros vendidos.
A média cresceu 28%.
Com isso, no acumulado deste ano, estamos com quase 802 mil carros vendidos contra 785 mil do mesmo período do ano passado. Crescimento de 2,2%.
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Apenas para colocar “água no chopp”, em 2015 (que foi um ano ruim) no mesmo período tivemos 1,06 milhão de carros vendidos ou queda de 25% sobre 2015.
Mas, como Inês é morta, deixa 2015 para lá…
E a grande pergunta é:
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O que motivou esse crescimento?
O crédito voltou!
No primeiro quadrimestre deste ano, segundo o BC, foram quase R$ 29,3 bilhões de concessões para o financiamento de veículos. Crescimento de 15,3%, sobre o mesmo período do ano passado quando, foram R$ 25,4 bilhões em concessões,
Depois de um período de forte retração no crédito, parece que os agentes financeiros (vulgarmente conhecidos como: “os donos da bola”), estão começando a voltar para brincar no play.
E o “mais; melhor de bom” é que eles não estão vindo com agiotagem! Os juros para aquisição de veículos estão em queda. E com o novo corte da SELIC, ontem, provavelmente eles virão num ritmo forte de corte:
O crédito foi um fator determinante, mas outros fatores como o índice de confiança do consumidor, que vem crescendo num ritmo “Martinho da Vila” (mas pelo menos está crescendo), foi outro fator que ajudou a impulsionar as vendas.
E, para finalizar, só para manter a estigma de eu ser como o “corvo de Poe”, o “mensageiro do mau agouro”, vamos à seção água no chopp:
1º – Vendas de caminhões fechou esse ano com 17,3 mil unidades vendidas, queda de 19% sobre o ano passado 21,4 mil. Em 2011, ano de excelência do setor, tivemos 68,2 mil caminhões vendidos, “LIGEIRA” queda de 75%
2º – Mercado de ônibus 4,1 mil unidades. Queda de 12% sobre o ano passado 4,7 mil chassis e micro-ônibus vendidos. Em 2012 vendemos quase 14 mil ônibus, “TROPEÇÃO” de 70%;
3º – Motos. O pessoal precisa urgentemente voltar a vender consórcio de motos para esse povo, já que o crédito para motocicletas é igual ao título mundial do Palmeiras: “o pessoal fala que tem, mas todo mundo SABE QUE NÃO TEM!” Este ano foram 356 mil motos vendidas queda de 24% sobre as 466 mil do ano passado, bem longe ainda do melhor ano do setor, que foi em 2011 com 756 mil motos (vendendo hoje, menos da metade)
4º – As vendas de carros estão crescendo! 2,2%, mas quem está comprando carro são as locadoras de veículos, como a LOCALIZA e MOVIDA, por exemplo. A venda direta por parte da montadora cresceu mais de 28% neste ano sobre o ano passado. Já a venda feita para clientes normais, que é feita lá nas concessionárias, ainda estão em queda. Retração de 15% sobre o ano passado. Nesse ritmo, mais concessionárias irão fechar.
Resumão: Parece que a tempestade acabou… e a bonança chegou. O ponto é que: após essa tempestade, parece que o nosso barco quebrou o mastro; deu pane em toda parte elétrica e estamos sem bussola no meio de algum lugar do oceano…
Mas a tempestade parece que passou… (e nem temos nenhum buraco no barco!)
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