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Assim como hábitos alimentares, de cuidado com a nossa saúde e bem-estar, a forma com a qual lidamos com o dinheiro também é um comportamento muitas vezes “herdado” de nossa família. Quando pequenos, aprendemos a nos relacionar com as finanças, mesmo sem querer, observando nossos pais, tios e avós.
Infelizmente, nem sempre os familiares são educados financeiramente e transmitem valores sustentáveis às crianças e jovens. Porém, vejo que cada vez mais pessoas estão tomando consciência sobre a importância do tema. E não são apenas pais e mães: centenas de escolas em todo o país também estão preocupadas com a sustentabilidade das gerações futuras e já ministram aulas de educação financeira aos seus alunos.
Eu sempre me impressiono quando ouço professores e coordenadores falarem sobre as mudanças comportamentais de seus alunos. No colégio Clara Suiter, por exemplo, muitos pais afirmam que hoje conseguem conversar com seus filhos de três, quatro ou cinco anos, que antes desejavam comprar todos os brinquedos que viam pela frente, sobre a importância de planejar uma compra e esperar o momento certo.
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Esse colégio já ministra aulas de educação financeira há mais de dois anos, e por isso compartilha com as famílias a responsabilidade de educar financeiramente os pequenos. Nas escolas e nos lares dos alunos, há cofrinhos que estimulam o hábito de poupar para realizar sonhos, sejam eles individuais ou familiares. E é na escola que eles aprendem a poupar para conquistar o que desejam.
Desde que a educação financeira entrou na grade de matérias do colégio, crianças do ensino infantil já arrecadaram dinheiro para ir a um parque de diversões e já compraram livros para formar bibliotecas em instituições de caridade. Neste momento, eles estão poupando dinheiro para visitar um asilo e levar de presente produtos de higiene. E a previsão dos coordenadores é que dê para fazer isso e ainda sobrem recursos.
Como é bonito de ver que mesmo tão novinhas essas crianças já sabem que o dinheiro tem uma função muito legal, que é possibilitar a conquista de sonhos e ajudar as pessoas, não é mesmo? Contrariando o imaginário popular, de que para lidar com dinheiro é preciso fazer cálculos e montar planilhas, esses pequenos alunos do colégio Clara Suiter já sabem lidar com as finanças, pois têm comportamentos sustentáveis.
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Quando uma instituição de ensino adota o Programa DSOP de Educação Financeira nas Escolas, além de possibilitar esse aprendizado aos alunos, ela também atinge seu corpo docente, já que professores têm aulas de educação financeira para disseminar o tema, e os pais/responsáveis, que também são sensibilizados sobre as melhores formas de administrar seus recursos financeiros.
Quando a escola e família compartilham a responsabilidade de educar financeiramente crianças e jovens, há a tranquilidade de que as próximas gerações de brasileiros terão comportamentos positivos em relação às finanças, sabendo controlar seus recursos e respeitar seu orçamento, sem esquecer de sua responsabilidade social.
