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SÃO PAULO – Em 1971 o Federal Reserve (Fed) abandonou a convertibilidade do padrão ouro.
Esse período vem evoluindo até os movimentos recentes de Quantitative Easing (QE) e se traduz em monetização cada vez maior da economia americana.
Eu acredito que essas políticas equivocadas compõem um super ciclo que terminará de forma desastrosa, tal qual 1929.
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A posição atual do Fed e outros grandes Bancos Centrais é prosseguir nessa trajetória débil.
Também acredito que essa política é responsável pelo aumento da desigualdade.
Conforme pode ser notado nos gráficos abaixo, a classe média americana tem sido a grande prejudicada enquanto os 20% mais ricos têm sido os maiores beneficiados pela extrema monetização.
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Os 20% mais pobres têm se beneficiado em parte por conta das políticas de transferência de renda (“welfare state”) que vem compensando a estagnação da renda.
Quando se analisa os 1% mais ricos (aquela camada que a esquerda adora hostilizar), percebe-se que a discrepância é ainda maior.
Tal fato se deve à maior exposição dessa classe aos ativos de risco como ações e títulos de dívidas “high yield”, por exemplo. Vale notar que em crises essa classe vê sua renda cair bem mais dada sua maior exposição aos ativos financeiros.
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Minha expectativa é que as diferenças sociais aumentem à medida que os Bancos Centrais do mundo aprofundem a monetização das economias sob o pretexto de não haver inflação.
O resultado será mais divisão social e populismo mundo afora.
Esses gráficos acima são a melhor explicação que se pode encontrar para a eleição do Trump. Espere o mesmo acontecendo em maior intensidade na Europa e Japão.
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Bernie Sanders e companhia agradecem.
Fonte: https://www.cbo.gov/system/files/2018-11/54646-Distribution_of_Household_Income_2015_0.pdf