Investir em imóveis ou em FII? – Segunda parte

<span style="font-size: 11pt">FII ou imóvel? Qual a melhor alternativa?</span>

Arthur Vieira de Moraes

Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

(Shutterstock)
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Continuando com a comparação, chegou a hora de olhar para as desvantagens do investimento indireto. Vejamos sob que aspectos os imóveis são melhores do que os FII.

Imposto de renda sobre o lucro

 Quem vende um imóvel residencial deve recolher imposto de renda de 15% sobre o lucro, mas existe previsão de isenção do tributo caso o vendedor compre outro imóvel em até seis meses da data da venda.

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Lucros com a venda de cotas de FII não possuem nenhuma isenção e a alíquota do imposto é de 20%.

Nunca é demais repetir, não há nenhuma faixa de isenção (não confundir com ações).

Preço de compra

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O investidor tradicional de imóveis, aquele que já possui dezenas deles, tem uma receita certa para ganhar: comprar barato.

Esse investidor está sempre disposto a comprar um imóvel de alguém que tenha pressa para vender, mas, claro, a um preço bem baixo.

Quem compra FII o faz a preço de mercado, transparente e igual para todos. Não que seja impossível conseguir uma compra por um preço abaixo da média, mas as chances de encontrar uma “galinha morta” são bem menores ao se investir em FII.

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Quando o investimento acontece nas ofertas públicas (IPO ou nova emissão de cotas) sequer é possível tentar comprar por preço inferior ao definido.

Administração por terceiros

O item “administração profissional”, que lista como vantagem transferir todas as decisões e atos para um terceiro, causa verdadeiros arrepios em alguns investidores mais desconfiados. Portanto cabe listá-lo aqui também como uma desvantagem, para os que enxergam assim.

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Lastro

Imóveis podem ser hipotecados ou dados em garantia para obtenção de empréstimos em melhores condições, em qualquer negociação privada.

As cotas de FII não conferem propriedade sobre os imóveis. O cotista não pode dispor dos ativos para uso próprio, não pode oferecer o imóvel do fundo como garantia. E mais, as cotas dos fundos ainda não são aceitas como garantia pela própria BM&FBovespa.

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Quem leu as vantagens de investir em fundos imobiliários, já notou que aquela lista é muito maior. Mas não é exatamente o número de itens que vai definir qual a melhor opção a fazer ao se investir em imóveis.

Claro que considero FII a melhor opção. Mais prática, mais inteligente, mais moderna. Porém vimos que também há argumentos para os mais tradicionais, que gostam de escritura e tijolo!

E você? Concorda? Discorda? Citaria mais alguma vantagem ou desvantagem? Sua opinião é muito bem vinda!