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Web3 e criptomoedas: por que devemos investir e como participar

Em alguns anos cripto estará presente na nossa vida assim com a internet está hoje
Por  Gustavo Cunha -
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Estando nesse mercado de criptomoedas há mais de 7 anos já vi alguns períodos de grande euforia e outros de decepção. O fato de cripto poder ter seu valor medido a todo momento intensifica um dos principais fatores da precificação de ativos, que são os fatores comportamentais.

Já é consenso nas teorias econômicas que nós, seres humanos, estamos longe de sermos racionais e matemáticos na maioria das nossas atitudes. Isso se reflete em várias decisões que tomamos na nossa vida e, também, nos mercados financeiros, tradicionais e cripto, incumbente e de inovação.

Uma comparação que quem me acompanha já ouviu, é a de que cripto tem o potencial de mudar nossas vidas assim como a internet o fez nos últimos 20 anos. A diferença de hoje é que, no início da internet, pouquíssimas pessoas puderam se aproveitar dessa revolução que estava para acontecer.

Tirando alguns empreendedores ou estruturas de venture capital que conseguiram acesso para investir nas empresas que se tornariam as grandes beneficiarias desse movimento, ninguém mais teve acesso a ele.

No caso de cripto é muito diferente. Temos tokens de todas as iniciativas dessa nova Web3 que está sendo criada com preços aos quais todos temos acesso. Se você acordar cedo no domingo e encasquetar que quer investir em uma plataforma de Web3 você pode fazê-lo da sua própria casa.

Um mundo completamente diferente em termos de investimentos do que vimos no início da internet. Os investidores do início da internet eram investidores em teoria mais racionais, cientes dos seus vieses, e mesmo assim tivemos quedas significativas nesse mercado, em um período que ficou conhecido com a queda da “bolha” da internet.

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Esse período foi muito importante para separar o joio do trigo. Iniciativas que realmente eram inovadoras, lideradas por pessoas ou grupos comprometidos e que tinham capacidade de navegar em um ambiente mais complexo, para dizer o mínimo, foram as que sobreviveram e viraram os gigantes de tecnologia que conhecemos hoje.

Cripto já passou por alguns períodos como esse, e o momento atual, é mais um deles.

Temos uma queda de valor de mercado do setor cripto de aproximadamente 50% desde o pico de preço no final de 2021. Algumas iniciativas que se baseavam em pilares não tão firmes estão ruindo, Terra (LUNA) sendo o principal exemplo.

Isso quer dizer que cripto vai acabar? De forma alguma. Vejo esses movimentos como saudáveis para qualquer mercado e aqui vale lembrar que essa queda de cripto está intimamente ligada à enorme queda do mercado financeiro tradicional.

A maior perda nos títulos do tesouro americano em 40 anos, os piores cinco meses do S&P em quase 100 anos, são algumas das manchetes recentes só para colocar em perspectiva.

Há muito que essa percepção de que cripto, e seu maior expoente, o Bitcoin (BTC), estava com uma performance mais atrelada ao mercado tradicional se mostra presente. Com o aumento da adoção e a criação de várias pontes de acesso entre os dois mercados isso já era esperado.

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Meu ponto aqui é que se essa previsão de que cripto será um dos pilares importantes dessa nova internet que está sendo criada, é nesses momentos de crise que temos a oportunidade de ver quem são as empresas ganhadoras no futuro. E ganhadoras aqui podemos estar falando não de um percentual de aumento, mas de x vezes de aumento.

Mas já está na hora de comprar? Essa é a dúvida de todo investidor. Os mercados, tirando períodos de grandes rupturas, tendem a ter uma força gravitacional que leva os ativos sempre a convergir para uma média.

O ponto é se estamos ou não em um desses momentos de ruptura. A resposta a isso eu, nem ninguém tem, mas o que a história mostra que depois de quedas significativas e rápidas, o mercado demora um pouco para retomar uma trajetória de alta novamente. É ficar atento e não querer acertar para comprar no fundo do poço, já que como diz um dos jargões de mercado, as vezes no fundo do poço ainda tem um alçapão.

Muito embora, o que descrevi acima foi analisar cripto sob o prisma de investimentos, ela não se restringe a isso. Seu escopo e influência é bem mais amplo.

À medida que interagimos com esse mercado conseguimos ver claramente o potencial que ele tem e os efeitos que já estão presentes. Não é à toa que temos que hoje temos Bancos Centrais atrás de tornar suas moedas disponíveis nesse mercado de moedas programáveis, empresas como Facebook mudando de nome para Meta para se posicionar e legisladores do mundo inteiro sendo impelidos a criar regras que enderecem os desafios de cripto.

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Voltando ao comparativo com a internet, estamos no período da internet discada, com usabilidade e soluções ainda bastante embrionárias e de operacionalização difícil. O tempo para passarmos disso, para o mundo atual, onde praticamente ninguém sabe como a internet funciona, mas pluga seu aparelho na primeira rede 4G ou WiFi que encontre e navegue por ele foram pouco mais de 15 anos no caso da internet.

Hoje é praticamente impossível viver em sociedade sem acesso à internet. Tente ficar 1 dia sem internet. É um caos completo. Trabalho, interação social, diversão etc. Tudo hoje está ligado a ela.

Acontecerá isso com cripto? Será mais rápido? Quais iniciativas serão as principais?

O tempo dirá

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Gustavo Cunha Autor do livro A tokenização do Dinheiro, fundador da Fintrender.com, profissional com mais de 20 anos de atuação no mercado financeiro tradicional, tendo sido diretor do Rabobank no Brasil e mais de oito anos de atuação em inovação (majoritariamente cripto e blockchain)

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