Saiba quando um CIO deve se reportar ao CEO

CIO deve considerar se a solicitação não pode ser feita ao um profissional da diretoria ou para membros do comitê de planejamento estratégico

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – O CIO (Chief Information Officer) é o profissional responsável pelo departamento de Informática da empresa. Com o objetivo de trazer mais visibilidade para seu departamento e ter um auxílio, muitos CIOs se reportam ao CEO (Chief Executive Officer). Mas quais são os momentos em que o CIO deve procurar o CEO?

Segundo a vice-presidente do Programa Executivo do Gartner para a América Latina, Ione de Almeida Coco, não há uma única resposta para esta questão. Entretanto, o CIO deve considerar se a solicitação não pode ser feita a um profissional da diretoria ou para membros do comitê de planejamento estratégico.

A especialista afirma que uma pesquisa realizada pela Gartner, em 2011, revela que 41% dos CIOs se reportam ao CEO, 20% ao CFO (Chief Financial Officer), 16%, ao COO (Chief Operating Officer) e 23%, a outros executivos.

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Ione explica que, apesar de a proporção ter se mantido estável ao longo dos últimos anos, é esperado um aumento modesto dos que se reportam ao CEO nos próximos cinco anos, porque as empresas estão cada vez mais dependentes de TI (Tecnologia da Informação).

Conversa com o CEO
A especialista acrescenta ainda que, na última década, dez fatores motivam o CEO a considerar a oportunidade de solicitar algo ao CEO. São eles:

  1. Quando a empresa ou indústria é altamente informatizada, como é o caso de bancos e empresas de mídia ou bastante informatizada, como serviços, viagem e varejo;
  2. Durante um período em que a estratégia de negócio futuro está sendo incubada e são necessários insights criativos relacionados à TI;
  3. Enquanto ocorre a transformação do modelo de negócios relacionada à tecnologia. Exemplo: desintermediação de canais de vendas;
  4. Enquanto está em curso uma transformação corporativa dependente da tecnologia. Exemplo: integração de processos em fusões e aquisições;
  5. Durante um período de grande mudança de plataforma de TI, como a terceirização de operações;
  6. Em situações de ameaça ou risco relacionado à informação, como um cyber ataque, espionagem industrial, compliance regulatória, entre outras;
  7. Quando o CIO também tem outro papel, como o de COO, CFO e diretor de serviços compartilhados;
  8. Quando o CIO é um conselheiro de confiança do CEO, com um relacionamento de longa data de situações anteriores da carreira, como vínculos escolares e laços familiares em empresas privadas;
  9. Quando o CIO é considerado quase um profissional-chave, trazendo sabedoria e experiência específicas da indústria;
  10. Sempre que o papel do CIO for uma etapa de desenvolvimento de carreira ou fizer parte do plano de ação de sucessão, na preparação para um papel futuro de CEO, COO ou CFO.

Ione diz ainda que, se nenhuma destas situações ocorrer, os argumentos de se reportar ao CEO tendem a ser fracos. “Algumas das razões para reportar podem ser muito convenientes em certas culturas corporativas, mas desafiadoras ou negativas em outras. O reporte direto varia de acordo com mudanças de foco estratégico e dos indivíduos no cargo. Portanto, mesmo que uma linha de comunicação direta seja estabelecida, ela não se torna automaticamente uma característica permanente do organograma”, finaliza.

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