Profissões: é a vez dos analistas do Mercado de Capitais

Número de exames de certificação para profissionais de investimentos aumentou mais de 200% em janeiro deste ano

Tércio Saccol

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SÃO PAULO – O número de exames de certificação para profissionais de investimentos promovidos pela Apimec Nacional (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) aumentou 246% em janeiro deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os profissionais com a certificação CNPI (Certificado Nacional do Profissional de Investimento) – que comprova conhecimentos e qualificação técnica e ética – somam 1.200 em todo o País.

Para o gerente de Certificação da Apimec, Francisco D’Orto Neto, a projeção para o ano é bastante otimista quanto ao crescimento do mercado para a atividade desses profissionais e também para o sentimento do mercado em relação à necessidade de capacitação técnica e orientação sobre a conduta dos analistas. “O mercado financeiro reconhece a necessidade de que o profissional não seja um ‘aventureiro’. Ele deve ter conhecimento de governança e ter domínio de todos os parâmetros necessários para que os investidores se sintam confortáveis para ouvir um profissional sobre para onde devem direcionar seus recursos”, ressalta D’Orto Neto.

Demanda 
O gerente de Certificação da Apimec lembra que, além do mercado aquecido, que estimula a entrada de mais investidores, o crescente reconhecimento da necessidade de certificação deve alavancar a procura pelas provas nos próximos meses. D’Orto Neto lembra ainda que em um contexto com grande número de pessoas atuando no segmento, contar com um analista capacitado é garantia de ter um colaborador submetido a um rigoroso controle de um código de conduta profissional – capaz de assegurar a credibilidade de sua atuação. 

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Para ser um analista financeiro, não é necessário ser economista, contador ou administrador – embora seja verdade que a maior parte dos trabalhadores da área tenham essa formação. “Há também jornalistas, advogados e outros técnicos atuando como analistas. A orientação é que esse profissional tenha grande conhecimento técnico e intelectual, além de ser analítico e ter grande capacidade de se expressar, verbalmente e por redação. Um perfil meramente operacional não terá grande sucesso”, aponta D’Orto Neto. 

A certificação da Apimec está dividida em três categorias: CNPI para o analista fundamentalista,CNPI-T para o analista técnico e CNPI-P para o analista pleno (fundamentalista e técnico), e está de acordo com o número de provas pelas quais o profissional passou.

A primeira é a do CB (conteúdo brasileiro) – fase comum para o analista fundamentalista, técnico e pleno. A segunda é a CG1 (conteúdo global 1) – fase para o analista fundamentalista. Por último, a fase do CT1 (conteúdo técnico 1) – fase para o analista técnico. O aprovado no CB e CG1 será certificado com o CNPI (recomendações através de relatórios de análise fundamentalista). O profissional aprovado no CB e CT1 será certificado com o CNPI-T (recomendações através de relatórios de análise gráfica). Já o profissional aprovado no CB, no CG1 e no CT1 será certificado com o CNPI-P (recomendações através de relatórios de análise fundamentalista e/ou gráfica).

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