O que a chegada da Geração Z vai mudar no mercado de trabalho

Estima-se que existem mais de 2 bilhões de indivíduos pertencentes à Gen Z em todo o mundo, que em breve estarão trabalhando

Giovanna Sutto

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SAO PAULO – É provável que dentro de alguns anos mais gerações trabalhem lado a lado, devido ao fato de estarmos vivendo mais. A geração Z (nascidos depois de 99) vai encontrar profissionais Baby Boomers (nascidos na Segunda Guerra Mundial até 1960), da Geração X ( nascidos no anos 60 até o final de 70) e Millennials, também conhecidos como Geração Y (nascidos a partir de 1979 até fim da década de 90).

Segundo o artigo da professora de Comportamento Organizacional e Gestão de Pessoas da Universidade de Cape Town, Linda Ronnie, publicado no Business Insider, estima-se que existam mais de 2 bilhões de indivíduos pertencentes à Gen Z (Geração Z) em todo o mundo, que em breve estarão trabalhando.

E o mercado de trabalho está cada vez mais atento à chegada dessa geração realista, motivada por valores, com mentes empreendedoras e com curiosidade ilimitada, além de muito conectadas. O estudo desenvolvido pela professora, no entanto, defende que não é preciso temer a concorrência dessa geração. Provavelmente a Geração Z terá trabalhos que ainda não foram criados.   

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O mundo corporativo ainda está lutando para se encaixar no mundo dos Millennials e se adaptar em como trabalham. O que inclui um ajuste na cultura organizacional, entender suas preferências de estilo de comunicação e a facilidade de fazer mais coisas ao mesmo tempo. Tudo precisa ser gerenciado no local de trabalho.                                         

Mas a especialista afirma que o mercado de trabalho terá que, basicamente, aos poucos também se adaptar com a chegada da Gen Z.

Segundo a professora,  cada vez mais as pessoas estão entendendo que as gerações podem ser complementares e há oportunidade para que as faixas etárias aprendam umas com as outras, embora ainda há um caminho a ser percorrido.

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De acordo com uma pesquisa elaborada pela consultoria de carreira Robert Half, 30% dos entrevistados (que são profissionais do mundo corporativo) acreditam que a comunicação é a principal diferença entre as gerações. Enquanto, 26% acredita que “se adaptar à mudanças” é um fator que as gerações lidam de forma diferentes.

A Gen Z é muito consciente do ponto de vista político e foram ensinados a questionar tudo. A fase de criança de perguntar “por quê?” para tudo parece não ter fim. E tanto dentro do ambiente de trabalho como fora dele, as habilidades de escuta, paciência, tolerância e humildade serão cada vez mais cruciais para eles.

Além disso, a geração Z muito provavelmente vai buscar as mesmas coisas no trabalho que as gerações anteriores. Pesquisas da Universidade da Carolina do Norte mostram que os Millennials querem as mesmas coisas que a Geração X e Baby Boomers: trabalho desafiador, oportunidades de aprendizagem, suporte para integrar o sucesso com vida profissional e pessoal e salários competitivos.

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E ambas concordam com as características de um líder ideal: uma pessoa que é acessível, atua como mentor, ajuda os funcionários, os desafia e os responsabiliza. Por isso, a tendência é que a Geração Z também apresente características similares, segundo os resultados da universidade.

A geração Z terá uma visão de mundo diferente, mas não necessariamente vai eliminar profissionais de outras gerações. É preciso esperar para ver o seu desenvolvimento, enquanto isso o mundo corporativo deve ir se preparando.

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Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.