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Em 2022, cerca de 26 mil médicos se formaram no Brasil, segundo dados do Conselho Federal de Medicina (CFM). O país tem cerca de 550 mil profissionais atuantes, número que aumentou 37% nos últimos 12 anos. Assim como em outras profissões, a de medicina vem passando por transformações que exigem novas habilidades. Tecnologia e empreendedorismo aparecem na lista.
Uma pesquisa realizada pela consultoria Deloitte com 228 médicos no Brasil indica que as principais mudanças estão ligadas à capacitação sobre empreendedorismo e negócios na medicina, apontada por 55% dos respondentes, e o desenvolvimento de habilidades para trabalhar em equipe (50%). Também aparecem competências relacionadas ao uso de dados (44%) e o treinamento em novas tecnologias (43%).
Justamente para se adequar a esse cenário, as universidades estão adaptando seus cursos. É o caso do IDOMED (Instituto de Educação Médica), que incluiu o eixo acadêmico “GIS – Gestão e Inovação em Saúde”, no novo currículo, do primeiro ao último período do curso. O conteúdo visa desenvolver capacidades e habilidades de empreendedorismo.
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“Entendemos que quando o médico empreende, com conhecimento em gestão de serviços públicos e privados na área de saúde, desempenha um importante papel e contribui positivamente para melhorar e desenvolver a comunidade na qual está inserido”, diz Silvio Pessanha Neto, CEO do IDOMED, ao MoneyLab.
Na graduação, o aluno de medicina IDOMED tem acesso aos conteúdos de autodesenvolvimento, liderança, gestão por indicadores, gestão financeira com noções de investimento, gestão de custos/honorários médicos, gestão de pessoas e equipes de alto desempenho.
“Ao longo de todo o curso, o aluno aprende as técnicas ligadas à gestão da sua carreira, e é estimulado ao empreendedorismo, sendo instrumentalizado e provocado a refletir, por exemplo, sobre como vai lidar com os desafios para montar seu primeiro consultório, escolher sua especialidade e desenvolver a carreira”, ressalta o CEO, que destaca que a instituição criou o IDOMED Carreiras, núcleo especializado com analistas de carreiras, para ajudar os alunos a pensar estrategicamente seus rumos profissionais.
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“Nós mostramos como encontrar os caminhos. Por exemplo, ajudamos no passo a passo aquele aluno que quer fazer residência no exterior. Orientamos quem quer ser um cirurgião plástico de referência, o que ele precisa fazer, o que ele precisa colocar na sua caixa de ferramentas ao longo da formação. Queremos formar médicos felizes e realizados, que, para além do saber técnico, adquiram as competências necessárias para usufruir melhor da escolha que fizeram”, afirma Silvio.
A formação é aprofundada com o eixo, “HMP – Humanidades Médicas e Profissionalismo”, onde o aluno é exposto a reflexões sobre como desenvolver ou como integrar os conhecimentos médicos às soft skills, como a questão da empatia, do cuidado, do trabalho em grupo, da comunicação e da relação médico-paciente.
Tecnologia também é um caminho sem volta
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De acordo com um levantamento do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, ligado ao Comitê Gestor da Internet do Brasil, as teleconsultas foram utilizadas por 33% dos médicos do país em 2022 e houve crescimento no uso de rotinas ligadas a sistemas digitais, em comparação a 2019, ano anterior à crise da covid-19.
Os avanços mais acentuados aconteceram no manejo dos dados eletrônicos dos pacientes, como na listagem de medicamentos prescritos (74% de utilização em 2019 e 85% em 2022) e nas anotações de acompanhamento (69% para 79%). Já o monitoramento remoto de doentes cresceu de 9% para 23%. A pesquisa analisou 2,1 mil gestores de estabelecimentos de saúde e 1,9 mil profissionais da área entre abril e outubro de 2022.
Na saúde, soluções como inteligência artificial, big data, internet das coisas (IoT), robotização e outras já estão incorporadas na rotina. “O médico precisa se formar ambientado com o que ele vai encontrar no mercado de trabalho. Se o mercado demanda a análise de ferramentas de prontuário eletrônico, exames complexos, o aluno de medicina não pode se deparar com isso só depois de graduado”, defende Silvio.
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Por isso, o IDOMED, que é o encontro entre as escolas de Medicina da Estácio, FAMEAC, FAMEJIPA, FAPAN e UniFacid, com aproximadamente 8 mil alunos e 7 mil médicos formados, aposta fortemente em tecnologia.
“Temos frentes como realidade virtual, aumentada e simuladores para ajudar no aprendizado dessa geração nativa digital. A gente traz tudo que há de inovador no mercado, por exemplo: mesas de dissecação em 3D e metaverso com avatares que se reúnem à beira do leito de um paciente de CTI virtual para discutir o caso”, explica.
O IDOMED aposta na prática em mais 60% da carga horária de seus cursos como um dos diferenciais. Há parceria com os principais hospitais e unidades de saúde do país e o ensino voltado à prática humanizada.
“Nossa metodologia coloca o aluno como protagonista do seu processo de aprendizagem desde o primeiro período. Temos inserção precoce do estudante na rede de saúde. Desde o início da formação o aluno já tem discussões de casos clínicos e é preparado para o atendimento”, diz o executivo.
Como se inscrever?
Os interessados em cursar medicina no instituto devem realizar o IDOMED Vest, Vestibular Unificado de Medicina entre as 17 instituições do grupo pelo Brasil e optar para qual escola deseja seguir (dependendo da quantidade de vagas), pagando uma taxa única de inscrição e realizando uma prova presencial.
As inscrições acontecem pelo site idomed.com.br e vão até o dia 06/06. Prova: 18/06. O candidato também pode ingressar via ENEM, fazendo a inscrição até o dia 17/05 pelo site.