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SÃO PAULO – O ex-CEO da Fiat, Sergio Marchionne, morreu nesta quarta-feira (25) após complicações em seu estado de saúde. O italiano de 66 anos estava internado em uma clínica em Zurique, na Suíça.
No comando da FCA (Fiat Chrysler), conglomerado que inclui marcas como Fiat, Jeep, Ram, Fodge e Chrysler, há 14 anos, o executivo foi afastado do comando no último fim de semana após sofrer complicações de uma cirurgia no ombro, em estado descrito pela companhia como “irreversível”. O novo presidente da FCA é o britânico Mike Manley, que comandava as marcas Jeep e Ram.
Marchionne é considerado o “salvador” da companhia, recuperando a multinacional italiana e transformando-a mais uma vez em uma potência internacional. Ele conseguiu organizar as finanças da Fiat, que acumulava dívidas de US$ 14 bilhões em 2004, e torná-la lucrativa novamente, mesmo após um prejuízo global de US$ 1,6 bilhão no ano anterior.
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Trajetória
Até então desconhecido nos meios empresariais italianos, Marchionne foi descoberto pela família proprietária da montadora após a morte de Umberto Agnelli, último do clã a exercer a presidência. A recuperação começou com a renegociação de dívidas e um choque de gestão. Mesmo seus colaboradores mais próximos eram observados e, eventualmente, defenestrados pelo chefe.
Foi o que aconteceu com o todo-poderoso presidente da Ferrari Luca de Montezemolo, demitido em 2014 apesar de ter projetado a marca internacional da fabricante de automóveis de luxo e construído uma escuderia vencedora na Fórmula 1, em parte graças ao piloto Michael Schumacher.
Ao longo dos anos de poder, Marchionne superou as resistências, renegociou de contratos trabalhistas, fechou fábricas e conseguiu cortes de dívidas e acordos inesperados para a injeção de recursos no caixa da empresa.
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Em 2009, quando a Fiat ainda era considerada uma empresa em crise, e o setor automotivo enfrentava a turbulência financeira internacional, o empresário surpreendeu o mundo com a aquisição da Chrysler – e sem pagar nada por ela.
Orgulho industrial italiano, a Fiat passou a ser negociada nas bolsas de valores de Wall Street e de Milão. Comandado a partir de Detroit, nos Estados Unidos, e de Turin, na Itália, o novo grupo ganhou espaço e hoje vale mais de US$ 60 bilhões, dez vezes mais do que em 2004, em boa parte por causa da Jeep.
Com Agência Estado
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