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SÃO PAULO – O C6 Bank, mais novo banco digital em operação do Brasil, vai receber um investimento total de R$ 500 milhões do bolso de seus fundadores considerando o período que vai da sua concepção, em meados de 2018, até o final deste ano. Deste valor, a consultoria de mercado imobiliário corporativo Siila estima que cerca de R$ 15 milhões tenham sido usados para reformar o prédio onde o banco se acomodou: o número 3186 da Av. Nove de Julho, uma das mais movimentadas da cidade de São Paulo.
Com 8 mil metros quadrados (sendo 5,3 mil de área útil), o prédio havia acabado de ser construído quando o C6 fechou contrato para ocupar todo o espaço por 10 anos. De acordo com as análises da plataforma SiiLA Brasil, empresa de pesquisa que monitora o mercado de imóveis comerciais, o aluguel desembolsado por um prédio inteiro de Classe A, como é o caso do Icon Jardins, ocupado pelo Banco e com localização na região Jardins, chegue à casa dos 600 mil mensais.
Para fechar o negócio, o InfoMoney apurou que houve um período de 10 meses de carência (em que o banco não teve de pagar aluguel) e, depois disso, os pagamentos terão descontos regressivos até o 37º mês. A mudança para o prédio foi no dia 8 de agosto do ano passado – ou seja, já se passaram pouco mais de 12 meses.
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O quadro de funcionários do banco recém-lançado já está em 590 pessoas e, segundo porta-vozes, deve saltar para 600 até o final de 2019. Na configuração atual, o prédio comporta 650 pessoas – o que cria dúvidas sobre as possibilidades de expansão física disponíveis, já que o ritmo de crescimento atual é muito forte. O banco não comenta o que pretende fazer quando atingir o limite de espaço.
O projeto arquitetônico de todas as áreas foi realizado a quatro mãos pelos sócios do banco e o escritório de arquitetura Perkins & Will. Segundo Fernando Vidal, arquiteto responsável pela obra interna como um todo, a ideia foi criar um ambiente “inovador, mas também eficiente”. “Esse tempero entre ser fun, mas não infantil, é bem importante”, diz, acrescentando que o prédio “tem uma elegância, mas não pode ser pedante”.
Fazem parte desse toque de elegância os elementos que lembram cadeias de carbono e revestimentos em determinadas paredes que lembram fibra de carbono. O elemento químico dá nome ao próprio banco (C é a letra que representa o carbono na tabela periódica e seis é seu número atômico).
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Conheça o espaço
O prédio é composto por oito andares. O primeiro tem entrada separada dos demais e comporta a aceleradora de startups e coworking Opp, composta por empresas que o C6 auxilia com mentoria e, eventualmente, investimentos. Verena Fornetti, porta-voz do banco, explica que os empreendedores que utilizam esse espaço acessam o prédio por uma entrada separada por questões de sigilo bancário.
Entre o segundo e o sexto andares ficam as áreas de trabalho comuns. O arquiteto explica que foi criado um conceito de organização angular das mesas para gerar uma sensação de fluidez. “Você tem sua mesa individual, mas dessa forma você cria espaços coletivos que também são espaços de trabalho. É menos corredor e mais esses cheios de vazios”, explica Vidal.
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Todos os andares pares têm pequenos cafés, onde os colaboradores podem comprar alimentos, cervejas e outros itens variados através de um sistema próprio de pagamentos por QR Code. A ideia de não colocar cafés em todos os andares sugere que as pessoas circulem em ambientes diferentes e também conversem mais, de acordo com o arquiteto.
O banco calcula que os funcionários consumiram entre 150 e 200 latas de cerveja (vendidas a R$ 3,50) todos os meses, além de 85 quilos de pó café. Nos meses quentes, foram consumidos 140 quilos de açaí, número que cai para 80 quilos nos meses de temperatura mais baixa.
O sétimo andar do prédio é composto por salas de reunião – as quais estavam praticamente todas em uso no dia da visita do InfoMoney. Todas essas salas ficam dentro de espaços totalmente transparentes, mas é possível deixar os vidros opacos com apenas um botão caso necessário manter sigilo do assunto tratado.
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Os nomes das salas são elementos químicos, para “combinar” com a ideia do Carbono e as mesas de reunião são redondas ou ovais para diminuir a noção de hierarquia e criar um ambiente mais horizontalizado.
O último andar é onde fica o “deli” maior, um auditório em forma de arena e as áreas de descompressão para os funcionários. Lá existe uma mesa de sinuca, variados videogames e uma área externa contendo churrasqueira e lareira. Todas as terças-feiras, as diversas áreas do banco fazem churrascos nesse espaço, que tem até chopeira própria.
Dentro da tendência de sustentabilidade, o prédio do C6 também conta com bicicletário próprio e chuveiro para os funcionários que preferem ir de bike para o trabalho. No térreo, há uma espécie de praça de convivência, com rede de basquete e uma pequena horta. Se quiser, o funcionário pode levar temperos para casa (ou usar nos churrascos de terça).
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