Broker de corretora: conheça a profissão que paga de R$ 12 mil a R$ 50 mil por mês

Pessoas que trabalham na mesa institucional estão entre as mais bem pagas do mercado financeiro   

Diego Lazzaris Borges

 SÃO PAULO –Se você pensa que pode ganhar muito dinheiro em algumas profissões do mercado financeiro, então acertou. Tradicionalmente, esta é uma área que remunera muito bem os colaboradores – e uma das carreiras que oferecem o melhor salário é a de broker de mesa institucional, o profissional que intermedia operações de grandes investidores nas corretoras de valores.

Segundo uma pesquisa da empresa de recrutamento Robert Ralf, o salário médio de um broker varia de R$ 12 mil a R$ 50 mil por mês, dependendo da sua experiência. Além disso, eles ainda recebem um bônus entre 5 e 10 salários por ano.

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Isso significa que em um ano favorável para os negócios, um broker muito competente pode ganhar mais de R$ 1 milhão entre remuneração fixa e variável em um único ano.

Mas você sabe o que faz este profissional? Cada corretora tem áreas que auxiliam clientes institucionais em diferentes tipos de operações. São as chamadas mesas de operação, que se dividem entre os principais ativos negociados no mercado: derivativos, ações, renda fixa, moedas, commodities, NDFs (contratos de moedas) e taxas de juros.

Broker é o nome dado aos operadores que trabalham nessas mesas institucionais das corretoras de valores. Por essas mesas passam bilhões de reais por dia em transações de grandes clientes como bancos, fundos e empresas. E o broker é responsável por ajudar esses grandes clientes a realizarem suas operações.

Imagine, por exemplo, que o gestor de um fundo de investimento precise comprar R$ 20 milhões em ações de determinada empresa. Como a quantidade é muito elevada, ele vai precisar do auxílio do broker que trabalha na mesa de ações da corretora para efetuar a operação, que é conhecida como ‘block trade’.

Neste caso, o broker vai ajudar na intermediação da transação, para que o fundo consiga montar a posição da melhor maneira possível, sem distorcer os preços dos papéis no mercado.

E se você acha que precisa ser um gênio da matemática para se dar bem nesta profissão, está enganado. Segundo Raony Rossetti, um dos maiores sócios da XP Investimentos, as principais habilidades do broker são facilidade de comunicação, muito conhecimento técnico e dinamismo.

“Um dos melhores brokers que eu conheci não tinha grande conhecimento em cálculos matemáticos. Mas ele entendia muito bem as necessidades dos clientes institucionais e sabia tudo do produto”, diz.

Raciocínio lógico e atitude completam o perfil de um bom broker. “É preciso ter autoconfiança para tomar decisões de maneira rápida e ágil”, afirma.

Carreira dos sonhos – mas ainda com pouca informação

De acordo com gestores de RH especializados em contratações para o mercado financeiro, usualmente o broker passa 1 ano como nível júnior e cerca de 2 anos como pleno até chegar a sênior. O auge da profissão acontece quando o profissional se torna head de uma mesa, de várias mesas ou então de toda a área institucional de uma corretora.

Nesses casos as remunerações podem ultrapassar R$ 1 milhão por ano, considerando o fixo e o variável.

A profissão é uma das mais almejadas do mercado financeiro. Os altos salários, claro, atraem. Mas não é só isso. O broker trabalha muito próximo aos maiores investidores do Brasil. “É um trabalho muito dinâmico. Não tem um dia igual ao outro”, diz o sócio da XP.

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Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip