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SÃO PAULO – Um levantamento realizado pela empresa Brands2Life, em parceria com o LinkedIn, mostra que cerca de 79% dos trabalhadores brasileiros não se candidatam à vaga de emprego que têm interesse.
O principal motivo, 18% dos casos, é por medo de que o novo trabalho seja pior que o atual.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2014, 1,27 milhão de pessoas bem qualificadas e em plena idade produtiva entraram em desalento. Isto é, quando o trabalhador desiste de procurar emprego porque acha que não vai mais conseguir encontrar uma vaga.
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Permanecer em uma empresa, mesmo que infeliz e sem inspiração, já foi realidade para 63% dos profissionais. Vinte e três por cento das pessoas se dizem se encontrar nesta situação atualmente, em sua maioria mulheres (68%).
A apreensão por aceitar um novo cargo é a segunda maior razão (16%) que impede os brasileiros de se candidatarem a outras vagas. Em seguida, está o medo de desapontar o atual empregador (15%), o medo de rejeição e de não ser bem-sucedido (14%) e o de não ter experiência o suficiente (13%).
O receio de não poder alterar a rotina para participar de processos seletivos também está no ranking, presente em 10% dos casos. É comum que os processos de seleção envolvam atividades à tarde e, muitas vezes, o profissional não quer informar ao empregador que está buscando outro trabalho.
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Os dados também revelam que quanto maior a idade da pessoa, maior é a relutância para se candidatar a uma vaga. Profissionais entre 18 e 34 anos que estão infelizes no emprego atual tendem a demorar 8 meses para começar a pensar em sair. Já aqueles que têm entre 45 e 54 anos demoram, em média, 20 meses.
Em contraponto, as pessoas mais velhas tendem a ter mais confiança em suas capacidades. Cerca de um terço dos profissionais deixaram de candidatar-se a um novo emprego por falta de confiança, em sua maioria aqueles entre 18 e 34 anos (42%).
Segundo a pesquisa, essa falta de confiança pode vir por apreensão de se afastar de sua zona de conforto (38%) ou até por acharem que há outros candidatos mais qualificados para o cargo (28%).
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Mudar para quê?
O estudo também pontua quais os maiores motivos que levam as pessoas a mudar de emprego.
Como esperado, o principal é aumento de salário (43%), seguido por melhores chances de progressão de carreira na empresa (35%) e busca por novos desafios (33%).
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Melhores benefícios, melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional e oportunidade de viajar também aparecem entre as maiores razões.
O levantamento “Jobstacles” foi realizado a partir de um questionário online, com 501 brasileiras e brasileiros de todas as regiões do país, entre 25 de setembro de 2018 a 1º de outubro de 2018.
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