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Locaweb aposta em amadurecimento do varejo online no México para aumentar presença do Bling

Empresa de integração de marketplaces já marca presença no país e quer ocupar espaços com avanço do varejo digital por lá

Iuri Santos

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De olho no avanço da concorrência das redes de e-commerce no México, a Locaweb  aterrissou no país com uma de suas marcas: o Bling. Com a evolução do comércio eletrônico no Brasil, em especial durante a pandemia, as soluções para esse segmento ganharam espaço dentro do portfólio da companhia. A ideia agora é aproveitar o know-how adquirido e expandir as fronteiras de atuação até o país latino-americano.

Apesar de possuir um mercado potencial enorme — com PIB per capita superior ao do Brasil, segundo o Banco Mundial —, o processo de digitalização das plataformas de venda no México está hoje no ponto em que o Brasil estava há 10 anos, com lacunas em soluções de logística, gestão e pagamentos para e-commerces.

É nesses pontos de ineficiência que a Locaweb pretende atuar. A companhia emendou uma série de M&As de empresas de serviços de software para comércio online após seu IPO, em 2020. Um deles foi a compra do Bling, em 2021, que oferece soluções de administração de lojas online com aplicações em grandes plataformas de comércio digital e que iniciou sua operação no México neste ano.

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O sistema de integração de pequenas e médias empresas com grandes marketplaces espera aproveitar a consolidação de players internacionais e a adaptação para empresas locais para se instalar no mercado mexicano. “Estamos entendendo esse jogo que está se movimentando lá fora e a nossa proposta, num primeiro momento, é levar uma oferta muito focada para o ecossistema de e-commerce”, explica Marcelo Navarini, diretor financeiro e de operações da Bling.

Hoje o Mercado Livre é dominante no e-commerce do México, preferido pelo dobro dos usuários que utilizam a Amazon, segundo pesquisa do Instituto Federal de Telecomunicações (IFT) do México. A princípio, o foco do Bling era promover integrações para pequenos e médios empreendedores nas plataformas das duas multinacionais, mas já há expectativa de atuar também com a Shopee, de Singapura, no país.

Como no Brasil, a estratégia da empresa é oferecer ao pequeno empreendedor uma grande variedade de marketplaces para que ele esteja presente na maioria das lojas online. Seguindo a estratégia, a marca também aposta nas grandes redes do mercado local, com destaque para a El Puerto de Liverpool, que tem presença relevante no nicho de vestuário e para quem o Bling já oferece integração.

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Marcelo Navarini, diretor financeiro e de operações da Bling (Foto: Divulgação)

A aposta da empresa é de que os próximos anos sejam marcados por um avanço do varejo digital segmentado em nichos no México, movimento que ocorreu no Brasil com a criação de verticais especializadas em moda e vestuário, alimentação, entre outros. “Quanto mais canais de venda, melhor. Para podermos ofertar a nossa proposta de valor”, diz Rafael Chamas, CFO da Locaweb.

Motor de crescimento

O Bling não foi utilizado na estratégia de expansão da Locaweb à toa. Como a plataforma depende de poucas adaptações para atuar em outros mercados, a empresa não precisou fazer quase nenhum investimento, além da adequação para outra língua, para atingir o mercado mexicano: são apenas dois representantes da empresa alocados no país e todo o resto da operação segue no Brasil, coordenada por Marcelo Navarini.

Segundo o executivo-chefe de finanças da Locaweb, Rafael Chamas, a empresa de integração é um dos principais motores de crescimento da Locaweb hoje. Ele não abre os resultados específicos do Bling, mas diz que a empresa representa uma parte bem relevante da sua expansão na área de e-commerce, responsável por 63% da receita operacional líquida da empresa em 2022. Chamas diz que a área de e-commerce do grupo teve um crescimento de 20% no último trimestre, ao passo que o Bling cresceu o dobro disso.