Bela Sementes investe R$ 50 milhões para reforçar vendas no Cerrado

A Bela Sementes, controlada pelo grupo paranaense Belagrícola, que atua nos mercados de grãos e insumos, acaba de investir cerca de R$ 50 milhões para fortalecer sua presença no Cerrado. No fim de novembro, a empresa lançou oficialmente a marca Vital Seeds para atuar no bioma, e a expectativa é que as vendas em Estados como Mato Grosso, Goiás, Tocantins e Minas Gerais liderem seu crescimento nesta safra 2023/24.

Segundo Leandro Cesar R. de Oliveira, gerente-executivo geral da Bela Sementes, no ciclo 2022/23, encerrado em junho, a companhia comercializou 1,3 milhão de sacas de 40 quilos de sementes de soja, seu carro-chefe, e 500 mil sacas foram de cultivares Vital Seeds, que chegou ao mercado durante a temporada. Para o ciclo atual, o plano de produção prevê que o volume total alcance 1,5 milhão de sacas, e o braço criado para o Cerrado deverá ser a locomotiva desse avanço.

A estratégia da Bela Sementes, cuja sede está localizada em Tamarana, no Paraná, é baseada em parcerias. Para a produção das sementes voltadas ao Cerrado, a empresa uniu forças com a Reina Sementes, e os produtos da Vital Seeds estão saindo de uma unidade de beneficiamento da parceira situada em Patos de Minas, no oeste mineiro, que recebeu investimentos em melhorias e expansão e foi reinaugurada no mês passado.

Para impulsionar as vendas, por sua vez, foram firmadas parcerias com revendas de insumos. Segundo Oliveira, o principal canal parceiro é a rede da Fiagril. Com sede em Cuiabá, capital de Mato Grosso, a Fiagril conta atualmente com pouco mais de 20 filiais, e prevê faturar R$ 5,3 bilhões em 2023. Em recente entrevista ao IM Business, Henrique Mazzardo, CEO da Fiagril, informou que o plano é chegar a 40 filiais até 2028.

“Estamos levando a qualidade da Bela Sementes para outras regiões do Brasil, um passo importante para a expansão da Belagrícola frente aos outros negócios”, afirmou, em nota, o CEO do grupo, Alberto Araújo. A Belagrícola deverá faturar cerca de R$ 8 bilhões em 2023, e 25% do total vem de sua rede de distribuição de insumos. A maior parte é gerada pelas operações de grãos, e a participação da Bela Sementes não foi revelada.