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Americanas apresenta planilha para comprovar que diretores omitiram informação sobre dívida

Planilha entregue à Justiça mostra grau de endividamento bruto muito inferior aos R$ 17 bilhões que constam do processo de Recuperação Judicial

Equipe InfoMoney

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Em mais um capítulo do embate entre Americanas e Bradesco, a varejista protocolou uma nova manifestação ao processo de Produção Antecipada de Provas movido pelo banco, com o intuito de provar que a antiga diretoria omitia informações sobre a existência de Risco Sacado, segundo informou há pouco nota distribuída pela empresa.

De acordo com a planilha, anexada ao documento, o grau de endividamento bruto seria muito inferior aos R$ 17 bilhões no fim de 2022 — a companhia entrou em recuperação judicial em janeiro com R$ 48 bilhoes em dívidas.  Somente no caso do Bradesco, por exemplo, o endividamento informado na planilha era de cerca de R$ 989 milhões, sendo que no processo de Recuperação Judicial consta um valor muito maior, de R$ 5 bilhões, segundo a lista que consta no processo de Recuperação Judicial.

Loja da Americanas em shopping de SP
Loja da Americanas (AMER3) no shopping Market Place, na zona sul de São Paulo (Lucas Sampaio/InfoMoney)

Tendo como base o mesmo documento enviado à Justiça, a Americanas alega ainda que o processo de criação do Programa de Antecipação de Fornecedores (PAF)  não tem relação com o tema Risco Sacado, como o Bradesco alegou em petição judicial. Segundo a nota, “o PAF é um programa de antecipação de fornecedores com caixa próprio, implantado no final de 2021. Sua implantação foi amplamente discutida e aprovada junto aos órgãos superiores de governança da empresa e o programa está devidamente registrado nos demonstrativos contábeis, assim como foi informado ao mercado com total transparência. Trata-se, portanto, de financiamento com caixa da companhia e, como tal, não representa dívida junto a bancos, como o Bradesco teve a intenção de qualificar.” “A Americanas lamenta que a instituição esteja se valendo da falsa narrativa trazida pelo principal acusado de ter conduzido a fraude na empresa para fazer acusações infundadas e desprovidas de provas contra a companhia”, diz o documento.