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SÃO PAULO – Em dezembro do ano passado o Governo Federal anunciou que o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) voltaria a subir gradativamente até junho deste ano. Frente a este cenário, as montadoras promovem feirões e grandes promoções para aproveitar o imposto mais baixo . Entretanto quem está interessado em trocar de carro ou comprar um novo precisa ter cuidado para não se endividar em meio a tantas ofertas.
De acordo com o economista Reinaldo Domingos, este é um momento que deve ser aproveitado pelo consumidor. “A maioria dos compradores só pensam no custo da compra e das prestações que pagará mensalmente e acaba esquecendo que isto ocasionará outros custos, como despesas com manutenção, combustível, IPVA, seguros, licenciamento, entre outros”, relata ele.
Em méda, o custo mensal para se ter um veículo equivale a 3% do valor do carro. Sendo assim, a manutenção de um veículo de R$ 20 mil, por exemplo, acaba tendo um custo de R$ 600 reais mensais.
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Então, quando devo comprar um carro?
Para saber o momento certo de adquirir um veículo é preciso descobrir em que situação financeira o consumidor se encontra. Segundo Domingos, os que estão endividados não devem em hipótese alguma comprar um veículo, pois a prioridade deve ser sair das dívidas – “um custo a mais em seu orçamento é praticamente assinar o certificado de falência financeira”, alerta o educador financeiro, explicando que primeiramente a pessoa deve cortar gastos desnecessários e inserir o veículo no patamar de um sonho de prazo mais longo – usando o dinheiro de uma futura reserva financeira extra para ajudar no financiamento do carro.
Por outro lado, quem está equilibrado financeiramente deve refletir se realmente é necessário comprar um carro. “Geralmente, este grupo de pessoas pensam que somente pelo fato de não possuírem dívidas, já podem iinvestiri em um novo veículo”, explica Domingos.
O economista afirma também que essas pessoas percebem que, mesmo sem dívidas, não possuem muito dinheiro em caixa para comprar o veículo à vista. “Neste momento aparece o perigo, pois esquecer-se de custeios com manutenção veicular irá pesar no orçamento familiar”.
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Ter um segundo veículo em casa
Para a pessoa que já tem um veículo e queira outro, também é necessário refletir quais as vantagens e os riscos de se ter um novo carro na garagem. “Sempre reforço que o carro não é investimento, pois possui uma desvalorização muito rápida”, argumenta Domingos. Para ele, quando um indivíduo compra um bem, deve sempre associar às reais necessidade de tê-lo; em vez de consumi-lo por impulsos do momento.
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