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SÃO PAULO – Quando você foi contratado pela empresa, tinha pouca experiência e conhecimento sobre o negócio. Porém, com o passar do tempo, se desenvolveu tecnicamente. O problema é que começou a verificar vários erros no trabalho do seu chefe.
De acordo com o headhunter e presidente da Junto Fast Recruitment, Ricardo Nogueira, esse tipo de situação é quase que normal e acontece, na maior parte das vezes, quando o chefe faz papel de gestor, e não de líder.
“Por que o chefe é ineficiente? Porque ele não procurou conhecimento, porque não teve uma boa base técnica e, se a empresa não oferece isso, ele tem de ir atrás, com recursos próprios. Infelizmente, ainda encontramos gente que fica só atrás da mesa fazendo relatórios, mas está chegando a geração Y, que será boa líder. Porque cresceram com a internet e já sabem muito de muita coisa. São ativas, exigentes e diferentes desse chefe paradão”, afirmou.
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Consequências
Conforme explicou Nogueira, quando o profissional começa a perceber muitos erros no trabalho do superior, duas coisas acontecem: ele (subordinado) pode se sentir desmotivado e pode sentir falta de uma boa referência para crescer na carreira.
“Hoje, mais do que salário, as pessoas querem conhecimento, um lugar para crescer profissionalmente e aprender mais. Se entra na empresa dos sonhos e acontece isso, a pessoa se frustra”, descreveu Nogueira.
É importante também a empresa se atentar a isso. Elas costumam procurar um “super-homem” no momento de contratação, mas falta experiência para estabelecer os pré-requisitos que realmente serão exigidos do profissional. Fazem a contratação errada e ainda não investem em motivação e crescimento, inclusive daquele funcionário que está na posição de líder.
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O que fazer?
Diante dessa situação, uma alternativa para o profissional seria fazer um “job rotation”, o que significa trocar de área dentro da empresa. Se isso não for possível, às vezes, é preciso mudar de companhia.
“Se ele tiver uma relação boa com o chefe, ele pode, no feedback, conversar sobre os problemas, porque hoje as relações não são tão distantes. Dá para chamar o chefe de canto, mas no melhor bom senso”.
Agora, se não for bem-visto e os erros do chefe começarem a atrapalhar, o melhor é conversar com um superior do líder ou com o RH (recursos humanos). Mas, se a empresa protege isso, o profissional tem de ser seletivo o bastante para escolher a empresa em que quer trabalhar.
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