Radar: acompanhe algumas das principais oscilações na bolsa nesta quinta-feira

SÃO PAULO – Depois de abrir as negociações desta quinta-feira (6) no campo positivo, o Ibovespa sente o peso do mau humor observado em Wall Street e opera com queda de 1,17% nesta tarde, se ajustando aos ganhos verificados nas cinco últimas sessões.

Por aqui, o noticiário foca novamente as empresas que divulgaram seus resultados trimestrais. Destaque para a Gerdau (GGBR4) que anunciou um prejuízo líquido de R$ 329 milhões entre abril e junho deste ano, frente ao lucro de R$ 2,121 bilhões contabilizado no mesmo período de 2008. Em resposta, as ações da siderúrgica caem 1,94% no pregão.

Em sentido oposto, reportando crescimento substancial do lucro na comparação anual, a SEB – Sistema Educacional Brasileiro – (SEBB11) e a Cremer (CREM3) anunciaram ganhos de R$ 13 milhões e R$ 11,5 milhões, respectivamente. Os papéis das companhias, porém, apresentam trajetórias distintas, caindo 0,32% e subindo 4,66%, na mesma ordem.

A melhora dos números também foi registrada pela BR Malls (BRML3) e pelo Paraná Banco (PRBC4), que registram lucros trimestrais de R$ 66,5 milhões e R$ 33,8 milhões, respectivamente. Os ativos da instituição financeira, no entanto, têm baixa de 1,26%, ao passo que os da incorporadora sobem 0,21% na sessão.

Por outro lado, tanto a Confab (CNFB4), cujo lucro líquido somou R$ 11,2 milhões no trimestre, quanto o Banco Daycoval (DAYC4), que apresentou lucro de R$ 38,5 milhões, mostraram queda nos ganhos na comparação anual, de 85% e 38,4%, respectivamente. As ações da primeira caem 2,95%, enquanto as da segunda têm alta de 0,63% nesta tarde.

Petrobras
Fora da temporada de resultados, destaque apenas para a Petrobras (PETR4). Isto porque, embora a proposta para a nova Lei do Petróleo apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última quarta-feira não seja pública, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou que a companhia será a operadora de todos os blocos do pré-sal.

Vale lembrar que, caso a estatal seja confirmada como a única operadora, empresas privadas que queiram explorar os blocos de petróleo da camada pré-sal terão de ser sócias da estatal. Conforme informações da agência Reuters, Lobão também desmentiu a informação de que a União ficaria com 80% do petróleo que será explorado na região.

A notícia, no entanto, não impede a queda de 0,90% dos papéis preferenciais da empresa, que são pressionados pelo recuo dos preços do petróleo no mercado internacional.