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SÃO PAULO – Conhecido como um dos operadores do mensalão, Marcos Valério fechou um acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal. Conforme conta o jornal O Globo, o acordo ainda depende da homologação do Supremo Tribunal Federal, por envolver políticos com foro privilegiado, como o senador Aécio Neves (PSDB-MG), e ocorre após uma primeira proposta ter sido rejeitada pelo Ministério Público Federal de Minas Gerais.
O operador do mensalão cumpria pena na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG), e foi transferido para uma unidade da Associação de Proteção e Assistência a Condenados, em Sete Lagoas. Na decisão que autorizou a operação, o juiz Wagner Oliveira Cavalieri escreveu que a medida teve como objetivo “concluir procedimento de colaboração premiada sob análise do Supremo Tribunal Federal”.
A transferência era solicitada pelos advogados de Valério desde o ano passado, mas a unidade não contava com vagas disponíveis. Em seu despacho, o magistrado defende que, “em que pese a existência de formalidades e fila para a transferência de presos para o sistema Apac”, neste caso específico, “o interesse público se sobrepõe aos interesses individuais”. A alegação do juiz diz respeito às expectativas de que Valério “é possuidor de inúmeras informações de interesse da Justiça e sociedade brasileiras”.
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