Lobista comprova envolvimento de alta cúpula do PMDB em esquema de propina na Petrobras, revela site

Jorge Luz afirmou ter intermediado um total de R$ 11,5 milhões para os peemedebistas

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – O lobista Jorge Luz, conhecido por atuar com Fernando Baiano em esquemas de propina envolvendo a Petrobras (PETR3; PETR4) e o PMDB, apresentou nesta terça-feira (1) provas para Sérgio Moro que podem incriminar a alta cúpula peemedebista, incluindo Renan Calheiros e Jader Barbalho, segundo informações da Veja.

Em depoimento para o juiz federal em 19 de julho, Luz afirmou ter intermediado um total de R$ 11,5 milhões em propinas para os senadores, assim como para o deputado federal Aníbal Gomes, que também faz parte da sigla. Segundo aponta a reportagem, os pagamentos relativos a esquemas de corrupção envolvendo contratos de compra e operação de navios-sonda pela estatal foram efetuados pela Base, que na época chamava Scahin. Inclusive, a empresa do setor de óleo e gás alterou seu nome para desvincular a imagem da operação Lava Jato.

Conforme apresentado por Luz, na contratação da Samsung para a construção da plataforma V.10.000 em 2007, foram repassados US$ 185 mil para os três parlamentares, como também para Sillas Oliva Filho, funcionário da BR Distribuidora. De acordo com a reportagem, US$ 3,5 milhões foram desviados só neste contrato e conforme apurado pelo MPF (Ministério Público Federal) do Paraná, o esquema envolvendo a compra do navio-sonda Petrobras 10.000 teria movimentado US$ 15 milhões, enquanto o navio-sonda Vitória 10.000, que também envolveu a Samsung, girou cerca de US$ 25 milhões.

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Em seu depoimento para Moro, Luz afirmou que o esquema foi armado no começo de 2006 e a propina teria sido paga em troca de apoio dos políticos à manutenção de Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró em cargos de direção na Petrobras. Jorge Luz e seu filho, que também é acusado de participar do esquema, estão presos em Curitiba desde fevereiro.

Confira o extrato:

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