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SÃO PAULO – Um ano e cinco meses depois de firmar acordo de delação premiada, o ex-senador Delcídio Amaral corre o risco de ter seus benefícios reavaliados e até cortados por não oferecer qualquer resultado prático. Conforme conta reportagem do jornal O Globo, a negociação que o livrou da prisão e provocou sérios abalos ao meio político, sobretudo no PMDB, PT e PSDB, pode estar ameaçada.
Nos depoimentos que prestou, o ex-parlamentar distribuiu acusações contra o presidente Michel Temer, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), além dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Segundo os investigadores, o problema é que os elementos oferecidos pelo ex-senador não foram suficientes para fazer as investigações avançarem.
Um dos casos mais emblemáticos envolvendo a delação de Delcídio foi a acusação de suposta manobra de Dilma para nomear o ministro Marcelo Navarro, para o STJ (Superior Tribunal de Justiça), e, com isso, tirar da cadeia Marcelo Odebrecht, o que reduziria os riscos de uma delação premiada — que acabou ocorrendo adiante.
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Conforme conta a reportagem, o acordo não deve ser anulado, mas a tendência é que o ex-senador perca parte dos benefícios. Em situação semelhante estão alguns executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, mas em uma escala menor e em casos laterais.
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