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SÃO PAULO – Visto pela consultoria política Eurasia Group como um dos outsiders – nomes de fora da política tradicional – com maior potencial para eleição presidencial de 2018, o ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa viu suas relações com o seu potencial partido, o PSB, esfriarem.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, os interesses regionais da legenda estão amenizando a negociação com o ex-ministro. De um lado, Barbosa ainda espera um sinal mais consistente do PSB sobre sua eventual candidatura ao Palácio do Planalto para decidir se ingressa na legenda. O partido, por outro lado, insiste que Barbosa precisa primeiro se filiar e, depois, viabilizar seu nome para a disputa presidencial.
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A Executiva do partido, diz o jornal, abandonou a ideia de subir no futuro palanque do governador Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB à Presidência da República, e ainda mantém a porta aberta para ter uma candidatura própria. Segundo o jornal apurou, no entanto, a posição majoritária da legenda hoje é ficar neutra na disputa pelo Planalto para facilitar a construção de alianças regionais, considerada a prioridade total. A “opção Barbosa” esbarrou nos interesses do PSB em Pernambuco, no Distrito Federal e em outros Estados.
Em nota a clientes, a Eurasia Group destacou que todas essas questões realmente estão pesando para o PSB. Contudo, embora os sinais apontem que Barbosa fique fora da corrida, os consultores políticos apontam a visão de que uma candidatura do ex-ministro ainda está no radar.
“O ex-ministro, no entanto, precisa tomar a iniciativa e embarcar em um papel de candidato, inicialmente se tornando filiado ao PSB sem garantir que ele seria o candidato do partido, algo que ele ainda resiste”, apontam os consultores.
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Ao dar esse passo, Barbosa colocaria seu nome na corrida e ganharia atenção e visibilidade da mídia, elevando a sua competitividade, dado seu perfil favorável ao eleitorado, afirmam os consultores.
Curinga eleitoral
“Barbosa é um curinga nas eleições. Ele poderia muito bem ser o candidato com o melhor perfil em combinação com a demanda dos eleitores, com o seu passado limpo e o fato de ter comandado o processo do mensalão no STF em 2012 dando forças para as suas credenciais anticorrupção”, conclui a Eurasia.
Vale destacar que a consultoria tem apontado há meses Barbosa como um outsider com potencial. “Entre os que estão no radar, Joaquim Barbosa é o único com maior potencial que está ativo”, afirmou o diretor para Américas Christopher Garman em entrevista ao InfoMoney em janeiro (veja a entrevista clicando aqui).
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Contudo, pelo desenho que se aponta, Barbosa terá que arriscar mais para viabilizar a sua candidatura.
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