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SÃO PAULO – A Polícia Federal apresentou nesta quarta-feira (6) um pedido ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin pela quebra do sigilo telefônico do presidente Michel Temer e dos ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, de Minas e Energia. O objetivo é de rastrear um telefonema de 2014 entre os emedebistas, feito às vésperas de um encontro no Palácio do Jaburu, onde Temer teria negociado um pagamento de propina pela Odebrecht.
A informação vem da delação do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho ao MPF (Ministério Público Federal). De acordo com o depoimento, o presidente teria pedido R$ 10 milhões ao empreiteiro Marcelo Odebrecht, solicitando “direta e pessoalmente” apoio financeiro às campanhas do MDB em 2014. O Palácio do Planalto publicou uma nota relatando que Michel Temer “repudia com veemência” as alegações de Melo Filho.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apoiou o pedido pela quebra de sigilo dos ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha, mas se manifestou contra a aplicação da medida para o presidente. Para ela, ainda não há indícios consistentes contra Temer para aprovar o pedido. A decisão caberá ao ministro Fachin, relator do inquérito que investiga os três emedebistas na Operação Lava Jato.
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