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ROMA – O governo italiano colocou lenha na fogueira nesta sexta-feira após formular uma ajuda de emergência para a Alitalia que os críticos disseram que deveria envolver menos dinheiro do contribuinte e mais estratégias de longo prazo, enquanto a maior acionista da companhia, a Air France-KLM, recusou-se a se comprometer com o plano.
A Alitalia, que teve lucro pela última vez em 2002, precisa assegurar 500 milhões de euros (676 milhões de dólares) em recursos até sábado ou corre o risco de ter seus voos cancelados. O fornecedor de combustível Eni ameaçou cortar o abastecimento a menos que a empresa aérea possa mostrar que seus negócios devem continuar existindo daqui seis meses.
Após a recusa de diversas companhias nacionais, o governo finalmente encontrou financiamentos salvadores para a Alitalia no fim da quinta-feira, persuadindo a empresa estatal de correios a se comprometer com o fornecimento de 75 milhões de euros via um aumento de capital enquanto o governo fornece outros 75 milhões de euros em empréstimos.
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Mas o plano de emergência se apoia em acionistas existentes dando outros 150 milhões de euros e também na injeção por bancos italianos de 200 milhões de euros em empréstimos, disseram fontes próximas ao assunto à Reuters.
Até a metade desta sexta-feira, segundo outras fontes com conhecimento dos procedimentos, o governo havia assegurado 225 milhões de euros, com um consórcio de bancos, ainda não nomeado, fornecendo 150 milhões de euros juntamente com o compromisso da empresa de correios.
Líderes de negócios disseram que falta uma estratégia clara ao plano de financiamento estatal para tornar a empresa aérea viável no longo prazo.
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“Se é um curativo de emergência para estancar o sangramento, que seja. Mas nós precisamos ter um pensamento sério sobre o plano no médio e longo prazo de uma vez por todas”, disse Giorgio Squinzi, chefe de lobby empresarial na Confindustria.
O resgate será apresentado ao Conselho de Administração da Alitalia na tarde desta sexta-feira, e é considerado apenas um tapa-buraco até a Air France-KLM, que detém 25 por cento na Alitalia, chegar a um acordo com outros investidores da companhia aérea italiana para dobrar sua participação.
Mas a companhia franco-holandesa, no meio da sua própria reestruturação, se recusou a dizer nesta sexta-feira se iria participar do plano de resgate, acrescentando que iria colocar condições difíceis para dar qualquer ajuda.
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O apoio de investidores nacionais da Alitalia também está em risco. Sua segunda maior acionista, a família Riva, teve seus bens apreendidos em uma investigação judicial, incluindo a sua participação de 11 por cento da Alitalia.
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