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SÃO PAULO – A tendência de eleições fechadas para as mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado Federal garante um sopro de otimismo à chamada “velha política”, já que parlamentares que optarem por apoiar nomes mais rejeitados pela opinião pública não terão de prestar contas de suas decisões a um eleitorado sedento por novidades na política e seus processos.
Neste caso, cresce o favoritismo de Renan Calheiros (MDB-AL), que mantém boas relações com os senadores que permanecem no exercício do mandato e figuras políticas que retornam à casa depois de uma vitória nas urnas. O sigilo do voto, contudo, não é garantia de êxito do emedebista, já que pode estimular a infidelidade de parlamentares, sobretudo no caso de influência externa – embora o Planalto jure neutralidade.
Na Câmara, é Rodrigo Maia (DEM-RJ) o nome mais forte, sobretudo após a aliança costurada com o PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro. A pulverização de candidaturas, porém, ameaça a tentativa de recondução do deputado, já que pode levar a disputa ao segundo turno e uma subsequente aliança entre os adversários. O recente avanço da candidatura de Arthur Lira (PP-AL) também pode preocupar o demista.
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Do lado do Planalto, o desfecho do processo terá grande relevância. Para aprovar uma agenda de reformas econômicas e cumprir algumas de suas principais promessas de campanha, Bolsonaro dependerá de uma boa relação com as casas legislativas e os responsáveis por suas pautas.
O êxito de nomes impalatáveis pode impor grandes problemas ao governo. A depender das circunstâncias, não restarão alternativas senão a composição anterior ao resultado do pleito de fevereiro como forma de reduzir perdas.
Assista à íntegra da análise do Expresso Político pelo vídeo abaixo:
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