Para 60% dos leitores, aumento do IPI penaliza consumidor

Já para 21% dos que participaram da enquete, a medida é necessária para incentivar o mercado automotivo nacional

Fabiana Pimentel

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SÃO PAULO – “Qual a sua opinião sobre o aumento do IPI sobre veículos importados?”. A enquete do portal InfoMoney, respondida por 2.068 usuários, mostrou que 60% dos respondentes acham que a decisão de aumentar em 30 pontos percentuais o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos veículos importados apenas penaliza o consumidor e não veio em boa hora.

Para 21% dos leitores que participaram da enquete, a medida era necessária para incentivar o mercado nacional, enquanto 17% disseram que a decisão pode diminuir os investimentos externos no Brasil. Por fim, 2% não possuem opinião formada sobre o assunto, conforme a tabela a seguir:

Qual a sua opinião sobre o aumento do IPI sobre veículos importados?
Resposta %
A decisão apenas penaliza o consumidor e não veio em boa hora 60%
A medida era necessária para incentivar o mercado nacional 21%
A decisão pode diminuir os investimentos externos no Brasil 17%
Não tenho uma opinião formada sobre o assunto 2%
Fonte: Enquete InfoMoney realizada com 2.068 usuários;
O resultado não tem valor de amostragem científica 

Conflito de opiniões
Desde o último dia 15 de setembro, o aumento do IPI para veículos automotivos tem dividido opiniões: enquanto o governo afirma que a decisão será positiva para o mercado interno, associações ligadas ao setor e a oposição não concordam com a medida.

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A Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores) inicialmente se mostrou contra a medida e expressou sua intenção de entrar com ação contra o aumento, porém, na última sexta-feira (23), admitiu que não entrará com mandado de segurança contra o aumento, para evitar conflitos com o governo.

Outra associação que também se manifestou foi a Anfape (Associação Nacional de Fabricantes de Autopeças), que acredita que o aumento pode influenciar negativamente no mercado de autopeças nacionais.

O partido Democratas por sua vez, entrou com uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) no STF (Supremo Tribunal Federal), pedindo a suspensão imediata do decreto do governo federal.

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Enquanto isso, as montadoras alemãs Audi e Mercedes-Benz continuam praticando os preços de tabela, sendo que a primeira deverá repassar o aumento de forma gradativa nos veículos modelo 2012. Já a chinesa Chery conseguiu, por meio de liminar, isenção do aumento por 90 dias, ação que será contestada pelo governo. Caso tenha decisão contrário em segunda instância, a montadora terá de pagar imposto retroativo, referente ao tempo de vigência da liminar.

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