Uso de energia termelétrica será reduzido, decide governo

SÃO PAULO – A geração de energia por termelétricas no Brasil deverá diminuir de 4 mil megawatts médios atualmente para 2,5 mil megawatts médios, a partir da próxima semana, segundo decisão do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico).

De acordo com o ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, “isso é um sinal interessante, é um sinal de tranquilidade em relação ao sistema”. As termelétricas possuem concentração de poluição maior do que as hidrelétricas, além do custo mais alto, que é repassado para as contas de luz dos consumidores.

Na maioria das vezes, elas são utilizadas como a principal forma de evitar a falta de energia em períodos de seca no País, situação em que os reservatórios das hidrelétricas ficam mais baixos. Entretanto, Zimmermann assegurou que o nível dos reservatórios está satisfatório, e que não há risco de faltar energia.

Regiões
Conforme informações da Agência Brasil, o ministro garantiu que o Sudeste está com uma média de 90% dos reservatórios cheios, o que é um bom padrão para essa época do ano. Já no Nordeste, o nível está um pouco mais baixo, mas isso não compromete a segurança do sistema.

“O sistema está tranquilo, operando dentro das condições, o que nos leva até a poder reduzir [o uso de termelétricas]. Vamos acompanhando como vai ser a projeção para as próximas semanas e, se for necessário, voltaremos a atuar com térmicas”, explicou.

O CMSE é formado pelo Ministério de Minas e Energia, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Biocombustíveis e Gás Natural, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) e a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).