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SÃO PAULO – As perdas dos bancos privados brasileiros com a inadimplência representam 62,7% do que eles provisionam. No caso dos bancos públicos, a proporção cai para cerca de 43%.
De acordo com o presidente da Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento), Adalberto Savioli, isso mostra a segurança do sistema financeiro do Brasil, que vive um momento de expansão do crédito.
“Chegamos à marca de R$ 1,3 bilhão de crédito no Brasil. Passamos de 45% de crédito sobre o PIB, sendo que, dez anos atrás, a marca era de 20%”, ressaltou, durante o C4 (Congresso de Cartões e Crédito ao Consumidor).
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Rigidez
Savioli afirmou que o Brasil é um dos países com maior rigidez na concessão de crédito e, por isso, a crise econômica mundial não o atingiu com tanta força quanto em outros países.
“Aqui no Brasil, foi uma crise de liquidez, diferentemente do que aconteceu em outros países, que tiveram problemas de subprime”, afirmou, em referência à concessão de crédito de pior qualidade e, portanto, com maior risco de inadimplência.
Provisões
De acordo com dados do Banco Central, os bancos públicos provisionaram R$ 32 bilhões em julho deste ano, volume 37,9% superior ao registrado em janeiro. A inadimplência cresceu 50,5% no período, passando de R$ 10,2 bilhões para R$ 13,8 bilhões.
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No caso dos bancos privados, as provisões cresceram 64,1% entre janeiro e julho, passando de R$ 29,6 bilhões para R$ 46,3 bilhões. No período, a inadimplência cresceu 42,4% para R$ 29,0 bilhões.
A inadimplência considerada pelo Banco Central se refere aos atrasos superiores a 90 dias.
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