TV Digital: conversores deverão ficar 60% mais baratos

Preços deverão cair significativamente, como aconteceu com os televisores de plasma e os DVDs

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O preço dos conversores (set top box) deverá cair cerca de 60% nos próximos anos. A afirmação é do diretor editoral da Tela Viva, André Mermelstein.

“Qualquer tecnologia de consumo começa com um preço alto. Um exemplo são os televisores de plasma, que já chegaram a custar mais de R$ 20 mil e hoje custam R$ 3 mil, ou mesmo os aparelhos de DVD, que começaram a ser vendidos no Brasil por R$ 2 mil e hoje custam R$ 100. Isso também deve acontecer com o set top box, que começará a ser vendido ao custo mínimo de R$ 499 e em pouco tempo deverá custar cerca de R$ 200″.

Mermelstein explica que o preço elevado nesse início das transmissões acontece em razão do sistema escolhido para a TV Digital brasileira. “O Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD-T) é baseado no modelo japonês, mas não é idêntico, já que os especialistas envolvidos com a questão optaram por fazer algumas mudanças em relação ao padrão do Japão. Se tivéssemos optado por um sistema fechado utilizado em outro país, poderíamos nos beneficiar do ganho de escala desses locais e importar o aparelho mais barato. Mas como o modelo que usaremos ainda não existe, ele precisará ser fabricado, o que encarece o produto”, explica o especialista.

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Sistema

O sistema digital japonês, no qual é baseado o brasileiro, é tido como o melhor dos sistemas de TV Digital. A grande diferença entre o padrão europeu e o japonês se refere à mobilidade, que permitirá um sinal eficiente em televisores instalados em carros, ônibus e caminhões em velocidade de até 130 Km, com uma imagem perfeita.

Além disso, o padrão japonês permite o acesso à TV por meio do celular. “Eu acredito que essa funcionalidade será um grande sucesso, já que o brasileiro gosta muito de TV e celular, então a junção dos dois deve ser tornar um hit. A única barreira inicial é que ainda não está sendo fabricado o conversor para os telefones, portanto, os consumidores estão na dependência dos fabricantes para começar a utilizar essa vantagem”, garante Mermelstein.

Entre as principais alterações feitas no padrão japonês, está o aumento da taxa de compressão dos arquivos, para que eles carreguem mais informações, e a utilização do sistema de interatividade brasileiro Ginga, que é resultado da soma de dois middlewares (programa de computador que faz a mediação entre softwares) desenvolvidos pela UFPB (Universidade Federal da Paraíba), que adotou a normatização européia Globally Executable MHP (GEM), e pela PUC-Rio, que produziu instruções a partir da linguagem Nested Context Language (NCL).

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