Vendo mais espaço para consolidação, Totvs vai focar em compras estratégicas

Com redução forte de sua dívida líquida, e com maior geração de caixa, empresa busca aquisições com menor preço

Renato Rostás

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SÃO PAULO – Após mais de 45 aquisições realizadas desde sua fundação, a Totvs (TOTS3) acredita que transações grandes como as que ela realizou na compra da Datasul, por exemplo, em 2008, agora estão mais difíceis de serem realizadas.

No entanto, em conferência com a corretora Souza Barros, a empresa disse que continua interessada em se expandir através da incorporação de outras companhias. “Temos interesse, agora, em operações de porte menor, mas mais estratégicas”, disse Gilsomar Maia, diretor de planejamento.

Atualmente, a Totvs tem 48,6% de market share dentro do Brasil. Mas, considerando sua principal área de atuação, que é junto a pequenas e médias empresas, essa participação salta para quase 70%. Um dos segmentos pelo qual ela deve lutar para ser líder é o de grandes e mega grandes, no qual a companhia ocupa o segundo lugar em participação de mercado, atrás apenas da alemã SAP. No entanto, este segmento ainda representa apenas 15% de sua receita.

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Menor dívida
Com o endividamento da Totvs chegando a níveis bem inferiores aos apresentados há três anos, novamente há espaço para buscar novas parceiras sem afetar a saúde financeira da tecnológica. No fim de 2011, a relação entre dívida líquida e Ebitda (geração operacional de caixa) era de apenas 0,2 vezes.

Maia acredita que, em breve, a empresa poderá ter um caixa líquido, impulsionada também pelo movimento de corte de custos que visa a uma maior geração. Uma das estratégias é acelerar a expansão da receita advinda de serviços para diluir a porcentagem do faturamento que vem sido gasto com seus produtos.

Há espaço no mercado
O diretor acredita que há, sim, espaço no mercado de TI (tecnologia da informação) para que uma consolidação do setor siga ocorrendo. “Devemos ver novas transações acontecendo, mas dessa vez, menores”, explica. Uma das principais modalidades de compra de participação, ele avalia, deve ser feita por fundos de private equity.