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SÃO PAULO – Na hora de aplicar seu dinheiro no mercado acionário, é interessante para buscar entender e muitas vezes se utilizar de ferramentas disponíveis para prevenir contra sustos ocasionados por oscilações, mitigar possíveis perdas futuras e aumentar a rentabilidade média do investimento. Neste contexto, o preço médio, resultado da ponderação do custo de aquisição de compras consecutivas de um mesmo ativo, é uma das estratégias mais conhecidas e utilizadas no mercado.
Segundo Matheus Massari, analista da Trader Brasil Investimentos, essa ferramenta não depende do perfil do investidor, mas sim do objetivo da operação, apesar de ser mais indicada para investimentos de longo prazo. “O ideal é analisar bem os fundamentos da empresa da qual o investidor pretende adquirir ações e estabelecer um objetivo inicial, com ponto de entrada e ‘stop loss’ no papel”, diz o analista.
Essa estratégia de comprar ações de uma companhia aos poucos, de forma constante, serve como um “colchão” para as quedas do mercado, explica Mauro Calil, educador financeiro e fundador do Centro de Estudos e Formação de Patrimônio Calil & Calil, afirmando que quanto mais aportes forem feitos, mais fácil fica para o investidor diluir os riscos do investimento em determinado papel ao longo do tempo.
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Tendências de alta e baixa
Na opinião do analista José Góes, da Stock Asset, é mais vantojoso para o investidor se utilizar dessa ferramenta com um papel que esteja em tendência de alta, por avaliar ser uma estratégia mais vencedora no longo prazo, aumentando a agressividade da posição e garantindo uma rentabilidade média. Já com o mercado em queda, essa é uma tática mais arriscada, diz Góes – opinião esta compartilhada por Massari.
A utilização do preço médio com o ativo em tendência de baixa é uma estratégia defensiva que serve para proteger de quedas consideráveis e não para remediá-las. “O ponto forte é diminuir o preço de compra, entretanto, se o mercado continuar a cair o investidor pode ficar amarrado na operação, abrandando cada vez mais a possibilidade de recuperar seu capital inicial, diminuindo cada vez mais o preço médio do ativo em questão”, segundo Calil.
Riscos do preço médio
Embora o uso do preço médio para um ativo em tendência de baixa seja uma ferramenta defensiva, Góes acredita que seja importante para o investidor ter noção, antes mesmo de iniciar os aportes, de quanto capital pode aplicar, para que não corra o risco de, na tentativa de diluir os riscos, se alavancar cada vez mais com quedas prolongadas do preço da ação.
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Os especialistas do mercado financeiro também são unânimes em dizer que a estratégia de preço médio é mais indicada para investimentos de longo prazo, mas também há a possibilidade de utilizá-la para o curto prazo. Entretanto, vale ressaltar que o retorno obtido tem que ser maior para superar os custos operacionais, como taxa de corretagem e IR (Imposto de Renda).
Estratégia de Warren Buffett
O analista da Trader Brasil Investimentos afirma que, por ser uma estratégia mais arriscada e defensiva, para fazer preço médio para uma ação em queda demanda um investidor mais qualificado, que sabe onde está pisando, além de foco no longo.
Segundo Matheus, um dos melhores exemplos do uso dessa tática está no bilionário investidor norte-americano, Warren Buffett, “que identifica oportunidades de longo prazo ao avaliar empresas baratas, mas com fundamentos sólidos e um horizonte extenso suficiente para sua recuperação”.
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