Trânsito em grandes cidades diminui vida útil do veículo e impõe check-ups preventivos

Motoristas urbanos também sofrem conseqüências do "uso severo"; conheça as dicas para evitar problemas e gastos

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A expressão “uso severo”, utilizada pelas montadoras de automóveis, refere-se às condições difíceis enfrentadas pelos veículos de carga ou passeio em estradas, obstáculos, ambientes de terra, ladeiras, pedras, entre outros. Porém, o termo também pode ser aplicado em relação ao desgaste sofrido pelos automotores no trânsito diário na cidade.

Neste caso, os elementos não são da natureza: buracos, poluição do ar e, principalmente os congestionamentos danificam mais os veículos e tornam necessária uma manutenção freqüente e rigorosa.

Para evitar gastos maiores com conserto e troca de peças, a manutenção preventiva se torna indispensável para o motorista urbano, além de sempre sair mais em conta. A revisão pode ser feita até com freqüência maior que a indicação inicial do fabricante, aponta a CPL Holding, empresa focada no segmento automotivo, que dá outras dicas aos proprietários de veículos.

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Problemas e soluções

O grande número de veículos nas ruas, responsável por um trânsito intenso ou lento, obriga o motorista a dirigir em marcha lenta e com paradas freqüentes. No caso de distâncias pequenas percorridas com esta dinâmica, o motor pode ficar prejudicado. É o caso de pais que levam o filho à escola, a poucos quilômetros da residência, de carro.

Neste caso, os especialistas apontam que o óleo não tem como atingir a temperatura ideal para trabalho e os resíduos de combustível não são evaporados completamente. Quando o motor esfria, o óleo lubrificante é contaminado por estas substâncias remanescentes e fica menos eficiente em sua função.

Se este é seu caso de uso, é importante trocar o óleo mais freqüentemente, para não diminuir a durabilidade do motor. O filtro também deve ser reposto esporadicamente, já que retira impurezas.

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Outro sinal de que as coisas não estão indo bem é o aumento do consumo de combustível. Mas, para isso, a solução é simples: a limpeza do sistema de arrefecimento – que controla a injeção de gasolina ou álcool – deve ser suficiente para evitar que o carro “beba” demais.

É fundamental ter em mente que qualquer manutenção a ser feita deve seguir as orientações das montadoras e serem feitas por profissionais.

Além disso, não vale levar o carro para arrumar somente depois que a água está vazando ou o motor super-aquecendo. Se este for o caso, a reparação custará bem mais que uma medida preventiva.

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Check-up

Uma rotina simples de checagem pode prevenir problemas. Quinzenalmente é recomendável olhar o nível de água do sistema de arrefecimento, o óleo do motor e o fluído de freio. A cada 5 mil quilômetros rodados é preciso verificar o estado das pastilhas de lona e de todo o sistema de freio.