Para analistas do Citigroup, Braskem ainda tem interesse em fusões e aquisições

Apesar do interesse, analistas consideram improváveis novos processos de fusões e aquisições no curto prazo

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SÃO PAULO – O futuro dos processos de fusões e aquisições da Braskem (BRKM5) foi comentado pelos analistas do Citigroup, que avaliam que a despeito da baixa probabilidade de que processos novos sejam anunciados no curto prazo, o interesse da companhia segue elevado.

No início de cobertura das ações da Braskem, a recomendação é de manutenção, com preço-alvo de R$ 29, valor que representa um upside (potencial teórico de valorização) de 16% em relação a cotação do último fechamento.

Aquisições nos EUA
Além disto, os analistas Pedro Medeiros e Fernando Valle enxergam que a Braskem está focada em estabelecer uma posição nos EUA. “Nós tendemos a acreditar que uma aquisição pela Braskem nos EUA é cada vez mais provável a partir de agora até o final de 2012”, afirma a dupla.

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A potencial reação do mercado a um processo desse tipo, entretanto, deixa os analistas em uma posição mais cautelosa. Nesse sentido, eles citam três fatores principais. Primeiro, a probabilidade de que seja difícil demonstrar o potencial positivo e as sinergias dessas possíveis aquisições.

Depois, as opções de financiamento no Brasil são consideradas como um obstáculo para aquisições, e por fim, o fato de que poderia ocorrer um novo aumento, inesperado pelos investidores, na alavancagem da Braskem.

Aquisições internacionais
Ainda sobre as aquisições internacionais, os analistas do Citi mostram uma posição cautelosa sobre o potencial positivo desse tipo de processo. “Nós acreditamos que os benefícios no curto prazo das aquisições internacionais para os acionistas são geralmente bastante pequenos a menos que o potencial de sinergias seja claramente visível para todos”, afirmam os analistas.

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Por conta desse fato, a avaliação é que, no momento, fusões e aquisições podem constituir mais um risco do que um catalisador positivo para a cotação das ações.

Entretanto, a dupla nota que recentemente, a Braskem reiniciou discussões no sentido de potenciais fusões e aquisições, “desta vez aparentemente em torno de companhias latino-americanas que negociam produtos químicos”. Os analistas também não descartam novas expansões no mercado dos EUA.

“Na nossa opinião, uma transação no curto prazo parece improvável, mas nós acreditamos que o apetite da Braskem por fusões continua forte e que nós podemos ouvir mais [sobre processos de fusões e aquisições] ao longo dos próximos anos”, concluem os analistas do Citi.