Preço do petróleo sobe em NY, enquanto Brent termina em queda novamente

SÃO PAULO – Os principais contratos futuros de petróleo fecharam em rumos opostos nesta sexta-feira (23). Enquanto o barril negociado em Nova York terminou em leve alta, refletindo indicadores positivos da economia norte-americana, o barril de petróleo Brent, negociado na bolsa de Londres, seguiu o movimento observado na véspera e encerrou em queda.

A cotação do barril do petróleo Brent, negociado no mercado de Londres, fechou a US$ 105,19 no pregão desta sexta-feira, baixa de 1,84% em relação ao último fechamento. Já o contrato que apresenta maior liquidez no mercado de Nova York, de agosto de 2011, fechou cotado a US$ 91,14 por barril, configurando uma alta de 0,13% frente ao fechamento anterior.

Na última quinta-feira (23), as commodities sentiram o efeito da decisão dos países membros da IEA (Agência Internacional de Energia) de terem concordado em colocar no mercado 60 milhões de barris da matéria-prima energética no próximo mês. O objetivo, segundo a IEA, é evitar distúrbios no suprimento da commodity, afetado pelos problemas na Líbia. O país africano cortou exportações de petróleo com o início da crise política.

Contudo, os bons dados econômicos divulgados nesta sexta-feira ajudaram a melhorar os preços da commodity negociada em Nova York. O PIB (Produto Interno Bruto) do país avançou 1,9% no primeiro trimestre de 2011, de acordo com a mais nova prévia dos dados anualizados, divulgada nesta manhã pelo Departamento de Comércio dos EUA. O Durable Good Orders também exibiu um avanço acima do esperado no número de pedidos de bens duráveis em maio.

Grécia segue no foco
Lá fora, as atenções mais uma vez ficaram com a Grécia. Embora na véspera ela tenha entrado em um acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e a União Europeia sobre o novo plano de austeridade fiscal a ser implantado no país, o mercado ainda demonstra certo ceticismo quanto à aprovação dessas medidas pelo parlamento grego, principalmente por conta da elevada oposição interna às medidas, que visam elevar os impostos e diminuir os gastos públicos.