Société Générale vê aumento “imediato” da exigência de reservas na China

Três fatores sustentam essa perspectiva: forte crescimento dos depósitos, influxos elevados e comentários do premiê chinês

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SÃO PAULO – Os dados monetários de março da China tornam bastante provável um aumento “imediato” da taxa de reservas requeridas dos bancos, na visão de Wei Yao, analista do Société Générale. Esta seria mais uma medida de política monetária na aquecida economia chinesa, que também enfrenta forte pressão inflacionária, além de apresentar altas taxas de expansão da atividade.

Segundo o analista, três fatores reforçam essa perspectiva. Primeiro, o forte crescimento dos depósitos, com a base monetária atingindo uma variação anual positiva de 16,6% em março. 

Depois, Yao cita os expressivos fluxos de capital em direção à China, atribuindo aproximadamente 35% do aumento da base monetária ao longo do primeiro trimestre do ano a este fator. “Isso significa que se o PBoC quisesse esterilizar totalmente tais fluxos, ele precisaria elevar as taxas de reserva requeridas para 35%”, afirma.

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Por fim, o analista destaca os comentários do premiê Wen Jiabao, que declarou que a liquidez na China segue em patamares elevados e que o governo enfrenta pressões no sentido de limpar os fundos.

Na opinião de Yao, essas declarações seriam equivalentes ao chefe do PBoC ter fornecido todos os argumentos no sentido de elevar as reservas requeridas e o premiê ter concordo com tudo. Assim, a expectativa é de que a autoridade monetária chinesa decida de fato elevar as taxas de reservas requeridas novamente, “muito provavelmente nos próximos 14 dias”.

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