Após cair forte na segunda-feira, ação da OGX lidera o Ibovespa pelo 2º dia seguido

Papel sobe 5,6% nesta quarta-feira, fechando na máxima do intraday; contudo, ação registrou a maior queda semanal do índice

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SÃO PAULO – Liderando as altas do Ibovespa pelo segundo pregão consecutivo, as ações da OGX (OGXP3) seguem recuperando parte das perdas da última segunda-feira (18), quando elas desabaram 17,25%. Nesta quarta-feira (20), os papéis da empresa avançaram 5,57%, fechando na máxima obtida no intraday, de R$ 18,00, após terem encerrado o pregão anterior com valorização de 4,86%. As ações acompanharam o movimento positivo benchmark, que também subiu pelo segundo dia seguido.

No entanto, mesmo tendo ocupado o extemo do índice paulista nas duas últimas sessões, a forte queda obtida na segunda-feira fez com que os ativos da petrolífera de Eike Batista tivesse o pior desempenho do Ibovespa na semana, somando perdas de 8,40% nestes três pregões – lembrando que nos próximos dois dias a bolsa brasileira permanecerá fechada por conta dos feriados de Tiradentes e Sexta-feira da Paixão, respectivamente.

Vale mencionar também que o volume financeiro movimentado pelas ações OGXP3 nesta quarta-feira (R$ 528,8 milhões) foi o terceiro maior da bolsa brasileira, após ter registrado nos dois últimos dias o maior giro financeiro das ações negociadas na BM&F Bovespa. Na frente dela nesta sessão, ficaram apenas as tradicionais Vale PNA (VALE5, R$ 615,1 milhões) e Petrobras PN (PETR4, R$ 614,8 milhões).

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Relatório reprovado…
Conforme relatório divulgado na noite da última sexta-feira (15), os volumes de recursos líquidos em seus blocos nas bacias de Campos, Parnaíba e Colômbia, passaram de 5,7 bilhões para 10,8 bilhões de boe (barris de óleo equivalente). Entretanto, a reação do mercado foi extrema, contando com cortes de preços-alvo projetados por importantes casas de research, pressionando as ações da empresa para a maior queda do Ibovespa na segunda-feira.

De acordo com Max Bueno, analista da Spinelli Corretora, as visões negativas do mercado sobre o relatório são resultado das diferenças entre as estimativas apontadas pela auditora independente DeGolyer & McNaughton. Conforme a entidade, a OGX possui recursos totais de 6,6 bilhões de barris de óleo equivalentes na “melhor estimativa” e de 10,8 bilhões de boe na estimativa “alta”.

…mas longo prazo segue inalterado
Mesmo com a reação negativa dos mercados, esses mesmos analistas que cortaram os targets estimados para OGXP3 deixaram claro que o longo prazo segue inalterado. É o caso da equipe do
BTG Pactual, que escreveu em relatório que “o case de longo prazo da OGX segue inalterado”. O analista Nelson Rodrigues de Matos, do BB Investimentos, a OGX continua “com o risco que sempre teve”, classificando a reação dos mercados na segunda-feira como exagerada.

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Já o time de análise do HSBC elevou em R$ 1 o preço-alvo para o papel da petrolífera, que passa a ser agora de de R$ 28,00. Segundo os analistas do banco, as novas projeções da companhia, que foram revisadas para baixo após a divulgação do relatório da auditora independente, ainda mostram-se bastante favoráveis para o longo prazo.

Descoberta de hidrocarbonetos também anima o mercado
Além do sentimento de que a queda de segunda-feira foi exagerada, outro ponto que colaborou para o movimento de recuperação das ações nesta sessão foi o anúncio da presença de hidrocarbonetos nas seção albiana dos poços das acumulações de Pipeline e Waikiki, aumentando as áreas de recursos contingentes da companhia.

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