Lojas Renner não vê deterioração macro ou de crédito no Brasil

Em teleconferência de resultados, empresa minimiza alta da inflação e diz que cenário não indica nenhuma "grande catástrofe"

Julia Ramos M. Leite

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SÃO PAULO – A Lojas Renner (LREN3) não indicou preocupações em relação ao cenário macroeconômico brasileiro – chave para o desempenho da varejista, e que ganha ainda mais importância com a expansão da participação do resultado financeiro no balanço da empresa.

O diretor financeiro e de relações com investidores da companhia para apresentação dos resultados do primeiro trimestre, Adalberto Santos, afirmou em teleconferência com analistas que a Lojas Renner não vê deterioração do cenário macro brasileiro. A inflação, segundo Santos, está somente 1 ponto percentual acima do ideal, e não indica nenhuma “grande catástrofe” à frente.

A mesma projeção foi feita para o cenário de crédito, que foi o foco de boa parte das perguntas dos analistas, que questionaram o nível de provisões da companhia. Segundo Santos, o atual nível de provisões é confortável, e não deve mostrar grandes variações em relação ao ano anterior.

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Financeiro ganha espaço, mas foco é varejo
O executivo esclareceu ainda que apesar do ganho de relevância da parte financeira no resultado, a Lojas Renner é uma varejista e esse continuará sendo o seu foco. “É o que fazemos melhor. A parte financeira ganha espaço especialmente pelos ganhos de eficiência nas operações”, disse.

No primeiro trimestre, o resultado de serviços financeiros da Renner apresentou crescimento de 46,1%, atingindo R$ 38,5 milhões. “A melhora apresentada se baseia nos bons resultados alcançados ao longo do período, principalmente no produto de 0+8 parcelas com encargos”, explicou a empresa.