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LISBOA – Os acionistas da Portugal Telecom aprovaram a fusão com a brasileira Oi (OIBR4), afastando incertezas sobre a operação após o calote de um investimento da operadora portuguesa de 900 milhões de euros de dívida da Rioforte, holding do Grupo Espírito Santo.
Uma porta-voz da Portugal Telecom confirmou que os termos da fusão foram aprovados com o voto favorável de 98,25 por cento do capital presente, recolhendo assim a maioria necessária de pelo menos dois terços dos votos. Os ADRs (American Depositary Receipts) da companhia brasileira registram alta de 4,25%, a R$ 0,74 no after hour da Bolsa de Nova York, às 18h15 (horário de Brasília).
Mais tarde, a Oi confirmou a aprovação, em assembleia, dos novos termos da fusão com a companhia brasileira. Além dos acionistas da PT, os conselhos de administração da Oi e da Telemar Participações (TelPart) aprovaram os termos e condições dos contratos definitivos relacionados aos investimentos em títulos da Rioforte Investments.
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Ainda conforme o comunicado, os contratos definitivos foram celebrados hoje entre a Oi, a TelPart e a PT SGPS. Esses documentos preveem a realização de uma permuta na qual a Portugal Telecom International Finance e a PT Portugal SGPS (denominadas subsidiárias Oi) transferirão títulos à PT SGPS em troca de ações preferenciais e ordinárias de emissão da Oi e titularidade da PT SGPS. Também está prevista a outorga pelas subsidiárias Oi de uma opção de compra de ações de emissão da Oi em favor da PT SGPS.
“Tendo em vista a aprovação dos contratos definitivos pela assembleia geral da PT SGPS e pelos conselhos de administração da Oi e da TelPart, a implementação da Permuta e da Opção estará sujeita somente à resposta da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) à consulta apresentada pelas companhias com relação a estas operações”, diz o fato relevante.
“A celebração dos contratos definitivos permitirá dar continuidade à operação de combinação dos negócios da Oi e da PT SGPS, que terá como próxima etapa a migração da CorpCo para o Novo Mercado da BM&FBovespa, mediante a incorporação de ações da Oi pela CorpCo (companhia resultante da fusão Oi-PT)”, acrescenta a Oi, na nota.
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As alterações da fusão ocorreram após a descoberta do investimento de 897 milhões de euros, feito pela PT na Rioforte, holding do Grupo Espírito Santo (GES). A aplicação em papéis comerciais não foi paga pela Rioforte, o que resultou na revisão dos termos da fusão com a operadora brasileira. A Oi garante que não havia sido informada sobre esse investimento. A empresa do GES anunciou no mês passado a reestruturação da sua dívida, com pedido de proteção contra credores.
(Com Reuters e Agência Estado)