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SÃO PAULO – Enquanto a zona do euro vem registrando uma economia andando ainda a passos lentos, a Alemanha vem registrando altas mais vigorosas no crescimento e uma boa indústria. Além disso, o país sempre é apontado como um dos líderes do bloco econômico, por mais que tenha sido criticado em meio aos planos de maior austeridade econômica.
Mas qual seria o segredo para o sucesso da economia do país? O site da revista norte-americana The Atlantic tem uma hipótese: o pessimismo alemão. A reportagem destaca o levantamento da confiança empresarial divulgado pelo instituto Ifo e que foi revelado na véspera.
O índice geral de confiança superou as expectativas para abril, o que surpreendeu uma vez que esperava queda em meio à escalada das tensões na Ucrânia e o temor de que as sanções do Ocidente contra a Rússia iria colocar uma barreira em muitos negócios para muitas empresas alemãs que operam por lá. Em vez disso, a confiança subiu de março, e agora paira perto de uma alta de três anos.
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Porém, a manchete, se olhada mais a fundo, aponta para detalhes menos otimistas. Os executivos são convidados a avaliar as condições de negócios atuais, bem como suas expectativas para os próximos seis meses. As diferenças entre a forma como os gestores se sentem hoje e como eles esperam sentir no futuro é medida pelo indicador.
Os dados apontados reforçam que os executivos alemães são quase sempre menos confiantes no futuro do que no presente. Desde 2004, o índice para as condições futuras tem sido menor do que para as condições atuais em quase 75% das vezes. Na história recente, apenas durante os dias mais sombrios da crise financeira global que os gestores alemães chegaram a pensar que as condições futuras seria melhor do que hoje. “O pessimismo sobre o futuro parece ser um traço de personalidade enraizada”, afirma o site.
Isso pode parecer estranho, já que outras medidas de atividade de negócios foram superando as expectativas, e o desemprego é baixo e está em queda. Poderia ser, então, que a cautela do futuro é uma característica. “Se o desastre está sempre ao virar a esquina, há uma urgência maior para tirar o máximo de bons momentos hoje. Não há tempo para complacência, nem para ficar muito à frente de si mesmo. Isso poderia ser a chave para a Alemanha implacavelmente eficiente máquina industrial?”, questiona o site.
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