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SÃO PAULO – Saindo da calmaria de setembro, as recomendações de outubro chegam mais animadas, projetando novos topos para o mercado nacional, com possibilidade de descolamento dos índices brasileiros em relação à Wall Street.
“O Ibovespa agora tem resistências em 70.800 pontos, 72.000 pontos e 73.000 pontos”, destaca o BB Investimentos. De acordo com a corretora, o início da temporada de resultados pode dar impulso extra ao índice – visão semelhante a de Fernando Siqueira e Hugo Rosa, da Citi Corretora, que enxergam nesta próxima safra de balanços corporativos o “próximo gatilho de alta do mercado de ações”
Porém, apesar da chance de um novo recorde histórico do Ibovespa no curto prazo, as sugestões de portfólio para o décimo mês do ano não apresentaram grande correlação com nenhum setor da economia, ficando mais próximas do stock picking. Em outras palavras, o investidor não deve ficar procurando um setor-chave para outubro, mas empresas-chave.
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Petróleo
Logo de cara, salta aos olhos o nome da OGX (OGXP3), figura carimbada em diversas carteiras para o mês. Amparada por suas perspectivas individuais, a recomendação para as ações se aproveita da relevância do setor e da região do pré-sal, onde a companhia detém diversos blocos de exploração.
Contudo, o principal gatilho para a ação neste mês gira em torno do processo de farm-out anunciado pela empresa. “Uma parcela significativa das reservas da Bacia de Campos deverá ser vendida até o final do ano, fato que gerará uma reprecificação, elevando o valor de todas as reservas”, aponta o analista da Banif Corretora, Oswaldo Alcântara Telles Filho.
A dupla de analistas da Bradesco Corretora, Carlos Firetti e Dalton Gardimam, ressalta que a Sinopec, companhia chinesa do setor petroquímico, já confirmou esta em negociação para adquirir uma participação nas reservas da empresa de Eike Batista.
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Construção
A PDG (PDGR3) também ganha destaque nas carteiras para o mês, com sua recomendação justificada pelas projeções para o seu resultado do terceiro trimestre.
“Acreditamos que o resultado operacional do terceiro trimestre (…) deverá novamente agradar os investidores, com recordes de lançamentos e vendas contratadas”, escreve o Banif.
Uma das líderes do setor de construção civil, que vem se aproveitando do cenário macroeconômico favorável, a companhia impressionou os analistas com seu desempenho no segundo trimestre, apresentando uma aceleração da integração com a Agre e a reestruturação de sua dívida.
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Petrobras e Vale
Investidores também devem atentar ao fato de que as ações da Petrobras (PETR3, PETR4), que ocupam posição de destaque na composição do Ibovespa, continuam afastadas das recomendações para outubro, apesar de já ser sido solucionado o nó de sua capitalização.
Com a percepção de risco dos investidores em relação à empresa em alta, fato exemplificado pelos relatórios recentes do Barclays, Morgan Stanley, Bank of America Merrill Lynch e Itaú, os papéis da empresa vem apresentando desempenho notavelmente negativo, acumulando baixas próximas de 28% no ano, tanto para as ações ordinárias quanto as preferenciais.
Já a outra blue chip da bolsa brasileira, a Vale (VALE3, VALE5), segue em alta nas recomendações dos analistas para o mês, na expectativa de bons números trimestrais para o restante de 2010, impulsionados pelos fortes volumes de minério de ferro.
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Cesp
As ações da Cesp (CESP6), por sua vez, não inspiraram muito otimismo. Enquanto o Banif alocou o papel em sua carteira “short/ underweight”, a Brascan optou pela substituição do ativo em seu portfólio para outubro, trocando-a pelas ações da CPFL (CPFE3), que apresentam desempenho fraco em relação aos pares.
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